Suécia, Geografia, História e cultura da Suécia


Suécia - Geografia, História, Economia, sociedade e cultura da Suécia

Suécia - Geografia, História, Economia, sociedade e cultura da SuéciaA Suécia está situada no norte da Europa, e é a maior e mais populosa nação da península Escandinava. O país tem perto de 100 mil lagos. A oeste, a cadeia montanhosa dos Alpes Escandinavos o separa da Noruega. Recifes e fiordes (golfos estreitos cercados por montanhas) caracterizam a costa sudeste. Sua próspera economia tem como destaques as indústrias de papel, veículos e produtos químicos. Setores de alta tecnologia, como telefonia, estão em desenvolvimento. Impostos elevados financiam vasto programa social, que assegura aos suecos alto padrão de vida.

Dona de história de mais de mil anos como estado soberano, na segunda metade do século XX a Suécia converteu-se em modelo do estado assistencial, com uma sociedade próspera, culta e igualitária, além de uma economia altamente desenvolvida e um padrão de vida situado entre os melhores do mundo.

A Suécia ocupa uma superfície de 449.964km2 na península escandinava, no extremo norte do continente europeu. Limita-se a oeste e noroeste com a Noruega, a nordeste com a Finlândia, a leste com o golfo de Bótnia, a sudeste com o mar Báltico e a sudoeste com o mar do Norte. No extremo sul, um estreito a separa da Dinamarca.

Geografia física da Suécia

Geologia e relevo. A Suécia apresenta uma topografia de formas relativamente simples, que reflete uma estrutura geológica bastante uniforme. Todo o território sueco, com exceção da pequena península de Scania, é constituída de rochas muito antigas, da era paleozóica. São granitos e gnaisses, formados há dois bilhões de anos ou mais, que integram o chamado escudo fino-escandinavo, que abrange toda a península escandinava. Já a Scania é formada de rochas calcárias originadas na era mesozóica, provavelmente no cretáceo.

Mapa da SuéciaAs principais elevações encontradas na Suécia são as cadeias montanhosas que se erguem na fronteira com a Noruega. São remanescentes de dobramentos caledonianos que sofreram processos erosivos e tomaram sua forma atual nos levantamentos alpinos da era cenozóica, posteriormente trabalhados pela erosão glacial. Sentem-se os efeitos da glaciação em depósitos de morainas, vales em U, lagos glaciais e todas as demais formas típicas.

Do norte para o sul, a Suécia é tradicionalmente dividida em três regiões: (1) Norrland, a região das montanhas e florestas, onde estão os picos mais elevados, o monte Kebne ou Kebnekaise (2.111m) e o monte Sarek ou Sarektjåkkå (2.089m); (2) Svealand, uma zona de baixadas (no leste) e planaltos (no oeste), onde estão as maiores concentrações urbanas e a maioria dos lagos do país; e (3) Götaland, que abrange os planaltos modestos de Småland, zona de solos pobres e rochosos, e, no extremo sul, as ricas planícies de Scania, que, graças aos solos ricos formam a área agrícola mais povoada do país.

Clima. Cerca de 15% do território sueco está situado ao norte do círculo polar ártico e, até mesmo Estocolmo, no sul, tem noites curtas no verão e períodos igualmente curtos de luz solar no inverno. A corrente quente do golfo ameniza as condições climáticas do território sueco. As baixas temperaturas de inverno conseguem congelar, porém, as águas do golfo de Bótnia.

A zona interior do norte do país recebe neve forte e apresenta temperaturas extremamente baixas, que podem chegar a -40°C, enquanto no sul os invernos variam mais de ano a ano e trazem temperaturas mais suaves (médias em janeiro de -5 a 0° C) e muito menos neve. Os verões no sul e no centro tendem a ser ensolarados e amenos. A precipitação anual oscila entre 1.000mm, na costa ocidental do sul da Suécia, e 700mm, na costa oriental.

Hidrografia. Cerca de 90.000 lagos cobrem aproximadamente 8,6% do território sueco. O maior deles é o Vänern, alimentado pelo rio Klar-Göta; com 5.585km2, é o terceiro da Europa em superfície. A rede hidrográfica notabiliza-se pelo volume de água e pela ocorrência de quedas d'água, intensamente aproveitadas na produção de energia elétrica. Os rios do norte do país atravessam florestas e deságuam no golfo de Bótnia, geralmente em grandes estuários.

O rio Torne-Muonio, que faz a fronteira com a Finlândia, tem 570km e é o maior rio totalmente sueco. Outros rios importantes são o Pite, o Skellefte, o Ume, o Vindel, o Angerman e o Indals. Os poucos rios meridionais têm curso breve.

Flora e fauna. A ampla variação de latitude e altitude determina diversificação na flora sueca. Há quatro regiões vegetais bem definidas: (1) regiões alpinas, acima de 480m ao norte e de 900m ao sul, com espécies arbustivas e gramíneas; (2) florestas de bétulas, que predominam ao norte, abaixo da faixa alpina; (3) florestas de coníferas, que são as mais extensas e cobrem toda a área a nordeste do lago Vänern, do nível do mar até 900m de altitude; são entremeadas ao sul por carvalhos, freixos, bordos, olmeiros e outras árvores caducas; e (4) florestas de faias, restritas à região de Scania.

A lebre, o arminho, a doninha, o esquilo e a raposa são comuns em todo o país, além do alce, a caça mais importante. O urso é protegido, e, como o lobo e o lince, acha-se limitado às florestas do norte. A rena selvagem está totalmente extinta, mas na Lapônia há grandes rebanhos domesticados. Os pássaros são abundantes, sobretudo no verão e na primavera; em toda a Suécia são muito comuns narcejas e tarambolas. Os rios e lagos são geralmente piscosos, com abundância de trutas, salmões e percas.

Suécia em números – Área: 449.964 km². Hora local: +4h. Clima: temperado frio (maior parte) e subpolar (N). Capital: Estocolmo. Cidades: Estocolmo (780.000), Göteborg (487.000), Malmö (276.000), Uppsala (185.000), Lidköping (142.000) (2015). 

População da Suécia

População em números – 8,93 milhões (2015); nacionalidade: sueca; composição: suecos 92%, finlandeses e lapões 8%. Idiomas: sueco (oficial), finlandês, lapão. Religião: cristianismo 67,9% (protestantes 94,5%, outros 5,3% - dupla filiação 4,4%, desfiliados 27,5%), sem religião 17,5%, ateísmo 11,9%, outras 2,8%. Moeda: coroa sueca.

O povo sueco é etnicamente bastante homogêneo, com exceção da pequena minoria de lapões que habitam o extremo setentrional da Escandinávia. A língua oficial do país é o sueco, falado por toda a população. O idioma pertence ao grupo germânico nórdico das línguas indo-europeias. As províncias históricas têm seus próprios dialetos, que estão desaparecendo gradualmente, ante a influência dos meios de comunicação de massa. A minoria lapônia de Norrland, cuja ocupação tradicional é o pastoreio de grandes manadas de renas, conserva seu idioma, da família fino-úgrica, assim como costumes próprios. Cerca de noventa por cento da população pertence à Igreja Evangélica Luterana da Suécia. Os restantes são católicos, ortodoxos gregos ou muçulmanos.

Bandeira da Suécia
O crescimento da população foi bastante moderado ao longo do século XX. Para isso contribuiu o aumento do nível de vida e a industrialização do país. O grupo etário com mais de 60 anos é maior do que o que tem menos de 15 anos, e a expectativa de vida é bastante elevada. A maioria dos imigrantes provém de outros países nórdicos, com pequeno número de representantes da América Latina, Oriente Médio, Sérvia, Turquia e Grécia.

A região de Norrland é muito pouco povoada: a maioria de seus habitantes vive na costa do mar Báltico. Mais de oitenta por cento da população sueca é urbana. As principais cidades do país são Estocolmo, a capital, às margens do Báltico; Göteborg, à margem do Kattegat; e Malmoe, perto da capital dinamarquesa, Copenhague.

Economia da Suécia

A Suécia tem uma economia de mercado desenvolvida e amplamente baseada nos setores de serviços, indústria pesada e comércio internacional. O produto nacional bruto tem crescido mais rapidamente do que a população, e a renda per capita está entre as mais altas do mundo. A maioria das empresas suecas é de propriedade privada. A Suécia também enfrentou problemas de competitividade que levaram suas indústrias a investir mais no exterior do que no próprio país. A maioria das grandes indústrias suecas são transnacionais e algumas empregam mais pessoas no exterior do que na Suécia, onde os custos de produção são muito altos.

Estocolmo, Capital da Suécia
Agricultura, pecuária e pesca. A agricultura representa menos de quatro por cento do produto interno bruto e emprega um percentual equivalente de mão-de-obra. As culturas mais importantes são trigo, cevada, aveia, batata e beterraba, e o rendimento agrícola sueco está entre os mais altos do mundo. A criação de gado (principalmente suíno e bovino) e a produção de leite é altamente desenvolvida.

A pesca é um setor pequeno da economia sueca. Por acordos internacionais, o país perdeu algumas de suas áreas pesqueiras tradicionais no mar do Norte. Pesca-se arenque, bacalhau, linguado, cavalinha, salmão, camarão e lagosta. Göteborg é o principal porto e mercado pesqueiro.

Extrativismo vegetal. A madeira é uma das grandes riquezas da Suécia. As áreas florestais produtivas cobrem mais de dois terços do país e pelo menos metade dessas áreas pertence à iniciativa privada. A exploração das florestas suecas está cuidadosamente regulamentada por lei. Além dos produtos tradicionais -- madeira, polpa e papel --, a extração vegetal interessa à produção de raiom, plásticos, tintas, resinas e terebintina.

Energia e mineração. O mais importante recurso mineral da Suécia é o minério de ferro, cujos maiores depósitos encontram-se nas áreas situadas ao norte do círculo polar ártico. Existem também importantes jazidas de ouro, cobre, prata, chumbo e zinco. O governo controla em grande parte a produção de ferro e aço.

A Suécia não dispõe de grandes recursos de combustíveis fósseis e por isso precisa importar petróleo, gás natural, carvão e combustível nuclear enriquecido para alimentar as usinas nucleares. A energia hidrelétrica, contudo, é abundante, graças aos desníveis dos cursos de água em Norrland.

Indústria. Bem desenvolvida e diversificada, a indústria sueca é responsável por mais de um quinto do produto interno bruto e emprega mais de vinte por cento da mão-de-obra. Predominam indústrias pesadas, voltadas sobretudo para a produção de veículos, aviões, maquinaria, além de chapas de ferro e aço. A indústria leve se concentra em produtos eletrônicos, equipamentos de telecomunicações, processamento de plásticos e metais e vidraria. Outras indústrias produzem equipamentos farmacêuticos e médicos, petroquímicos e alimentos processados.

Finanças e comércio. A maior parte dos bancos suecos são privados, assim como as importantes sociedades financeiras, que controlam grande parte das empresas industriais. O comércio exterior é vital para a economia sueca, já que as exportações são responsáveis por mais de um terço do produto nacional bruto. A ênfase passou da exportação de produtos como polpa de madeira, serragem e aço para automóveis, equipamentos de telecomunicações e outros produtos acabados. Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos, Noruega, Finlândia e Dinamarca compram mais de metade dos produtos exportados pela Suécia.

Transportes. A Suécia tem uma rede ferroviária e rodoviária altamente desenvolvida e a maioria das famílias têm no mínimo um carro. Os aeroportos de Estocolmo, Göteborg e Malmoe operam vôos domésticos e internacionais. Os portos de Göteborg e Estocolmo estão entre os mais importantes dos vinte portos que manipulam o comércio internacional.

História da Suécia

Pré-história. Ao final do período glacial, por volta de 12.000 a.C., o Báltico era um lago de água doce, e uma faixa de terra unia a península escandinava ao continente. Acredita-se que através dela realizaram-se as primeiras migrações humanas, atraídas pela caça abundante que procurava refúgio nas densas florestas de pinheiros que cobriam parte do atual território sueco. Os primeiros traços de vida humana na Suécia datam de 9000 a.C e foram encontrados perto de Malmoe, no extremo sul do país.

Entre 5000 e 3500 a.C., as águas salgadas do oceano transbordaram para o Báltico, o clima se amenizou, o carvalho substituiu o pinheiro e um primitivo núcleo de agricultores deixou vestígios de sua passagem por todo o sul do país. Outras tribos ocuparam a região, e, por volta de 1500 a.C., estabeleceram-se relações comerciais entre a Suécia e a Europa continental. A expansão celta, cerca de mil anos depois, interrompeu esse intercâmbio.

A cultura da idade do ferro durou de aproximadamente 400 a.C. ao ano 400 da era cristã, período em que desenvolveu-se o comércio com o Império Romano. O historiador romano Tácito fez a primeira descrição do povo germânico que vivia na região centro-oriental da Suécia.

Expansão sueca e unidade nacional. Os mais antigos textos assinalam a presença de uma monarquia sacerdotal sueca, com centro em Uppsala, na região de Uppland. Mais ao sul, os godos ocupavam a Gotlândia oriental (Östergötland) e a Gotlândia ocidental (Västergötland). Em data incerta, entre os séculos VI e IX, o reino sueco de Uppsala gradativamente subjugou as áreas godas adjacentes.

Durante o período viquingue, iniciado por volta do ano 800, os suecos penetraram a região báltica, a Finlândia e o norte da Rússia e controlaram o curso dos rios Dnieper e Volga, importantes rotas comerciais com Bizâncio e o Oriente Médio.

A Suécia foi cristianizada por missões inglesas e alemãs no século XI, embora a resistência tenaz dos proprietários rurais e viquingues retardasse o desenvolvimento da igreja. A nova religião firmou-se inicialmente na área do Västergötland, onde foi batizado o rei Olaf Skötkonung. Seus descendentes, depois de convertidos, enfrentaram os partidários do culto local, centralizado em Uppsala. Quando esse importante núcleo cultural e político tornou-se arcebispado em 1164, ficou assegurado o triunfo da igreja.

Nessa época, porém, a Suécia ainda era uma frágil federação de províncias, e a monarquia via-se periodicamente sacudida por conflitos entre dinastias rivais e por outros choques entre a coroa e a nobreza fundiária. Durante os dois primeiros séculos de cristianismo, surgiram duas dinastias, uma fundada pelo rei Sverker e outra pelo rei Erik, mais tarde santo Erik, patrono da Suécia. A despeito de conflitos internos, os suecos expandiram-se para o leste, pelas rotas exploradas pelos viquingues, em cruzadas contra finlandeses, estonianos e russos.

Em meados do século XIII, as guerras civis chegavam ao fim. A mais importante figura sueca desse período foi Birger Jarl, da dinastia Folkung, que transformou a Suécia num estado tão forte quanto seus vizinhos e fixou a capital em Estocolmo. Sucedeu-lhe o filho Magnus Ladulås e, mais tarde, Birger Magnusson.

Em 1319, Magnus II Eriksson ascendeu ao trono e herdou também a coroa da Noruega, unindo os dois reinos. Os anos de paz que se seguiram marcaram uma época de progresso econômico e cultural. A fronteira com os russos fixou-se em 1323. Nos últimos anos de seu reino, porém, Magnus II Eriksson empenhou-se em guerras malsucedidas contra a Rússia e a Dinamarca, e adotou uma política fiscal contrária aos interesses do clero e da nobreza. O rei da Dinamarca, Valdemar IV, aproveitou-se do descontentamento que reinava entre os suecos para, em 1360, retomar os territórios cedidos a eles e ocupar a região da Gotlândia.

A paz entre os dois países foi selada três anos depois pelo casamento de Haakon, filho de Magnus II Eriksson, com Margarida, filha e herdeira de Valdemar IV. Preocupados com os problemas que a sucessão de Haakon suscitaria, a nobreza sueca revoltou-se e proclamou rei a Alberto de Mecklenburg. Após a morte do rei Valdemar e de Haakon, os líderes da aristocracia entraram em acordo com Margarida, que se tornou regente da Dinamarca, da Noruega e também da Suécia, após a deposição de Alberto.

União escandinava. Em 1397 a rainha Margarida I estabeleceu a União de Kalmar, confederação dos três grandes reinos nórdicos -- Suécia, Noruega e Dinamarca -- e designou como seu sucessor Erik da Pomerânia, que tentou fundi-los numa monarquia absoluta. Uma revolta popular, dirigida mais contra o absolutismo real do que contra a união escandinava, pôs fim ao reinado de Erik em 1439.

O Conselho de Estado tomou o poder, que manteve mesmo após a eleição de Cristóvão da Baviera. A participação do povo nas lutas de independência obrigou a sua inclusão no Parlamento, ao lado dos nobres, do clero e da burguesia. Durante o final do século XV e início do XVI, os governantes suecos e dinamarqueses disputaram o controle da união escandinava.

Dinastia Vasa. Coroado em 1520, Cristiano II da Dinamarca ordenou em novembro do mesmo ano o chamado "banho de sangue de Estocolmo", um verdadeiro massacre dos líderes da oposição local. Três anos mais tarde, o filho de uma das vítimas da matança, Gustavo Vasa, à frente de um exército de mineiros e camponeses, proclamou a independência sueca, expulsou dinamarqueses e noruegueses do país e foi coroado rei. Seu reinado, que durou quase quatro décadas, deu origem ao estado sueco moderno. Seus descendentes mantiveram a dinastia durante cerca de 250 anos, quase sem interrupção.

Gustavo I criou um governo central forte, apoiado por eficientes forças terrestres e navais, promoveu o comércio exterior, a agricultura, a mineração e o comércio interno. Também fundou a igreja nacional sueca, após desapropriar os bens da Igreja Católica. Aceitando as doutrinas de Lutero e desafiando a autoridade papal, Gustavo I tornou a Suécia o primeiro país a romper relações com Roma.

Em 1560, com a morte de Gustavo I, a monarquia sueca, transformada de eletiva em hereditária, estava consolidada. A coroa foi transmitida a Erik XIV, seu filho mais velho. Em 1568, porém, João, irmão de Erik, uniu-se a outro irmão, Carlos, depôs o rei sueco e subiu ao trono como João III. Casado com uma irmã do rei polonês, João III tentou aproximar-se do catolicismo, apesar da oposição do povo sueco. Seu filho Sigismundo, católico fervoroso, herdou em 1587 o trono polonês. Ao ascender mais tarde ao tronco sueco, tentou estabelecer também o catolicismo no país, o que desencadeou uma revolta que levou ao trono seu tio, Carlos IX, em 1599.

Gustavo II Adolfo, filho de Carlos IX, foi um dos soberanos mais capazes da história da Suécia. Herdou o trono, quando o país engajava-se em campanhas militares contra a Polônia, a Dinamarca e a Rússia. Com a ajuda do chanceler Axel Oxenstierna, Gustavo II pôde executar uma série de medidas notáveis, que fizeram de seu reinado uma das grandes épocas da história sueca e graças às quais o país se elevou à condição de grande potência. Seus esforços conduziram ao fim da guerra com a Dinamarca (1613) e a Rússia (1617). O armistício com a Polônia (1629) também favoreceu a Suécia.

À época de sua morte, na batalha de Lützen, em novembro de 1632, a Suécia já dominava quase toda a costa do mar Báltico. Sua filha Cristina sucedeu-lhe no trono aos seis anos de idade. O chanceler Axel Oxenstierna chefiou o Conselho de Regência até a maioridade da rainha. A paz de Vestfália, concluída durante o reinado de Cristina, em 1648, pôs fim à guerra dos trinta anos e consagrou a hegemonia sueca naquele mar. Convertida ao catolicismo, Cristina abdicou em 1654, em favor de seu primo Carlos Gustavo, que reinou sob o título de Carlos X.

Na guerra contra os dinamarqueses, durante seu reinado, a Suécia conquistou Scania, Blekinge, Halland e Bohuslän, com o que estabeleceu suas atuais fronteiras naturais. Sucedeu-lhe, em 1660, seu filho Carlos XI. Durante a menoridade deste, o poder foi exercido por uma regência, que fundou o Banco da Suécia e a Universidade de Lund, em 1668. Entre 1675 e 1679, a Suécia voltou a entrar em guerra com a Dinamarca e a Noruega, que haviam invadido a região de Scania. Durante o reinado de Carlos XI, assistiu-se ao florescimento das artes, ao desenvolvimento de Estocolmo e à plena incorporação das províncias dinamarquesas e norueguesas à Suécia.

A morte do rei, em 1697, levou ao trono sueco seu filho Carlos XII, cujo reinado foi marcado pelos resultados catastróficos de sua derrota na grande guerra nórdica (1700-1721), contra a Dinamarca, a Polônia e a Rússia. Depois de perder a batalha decisiva em Poltava (1709), o rei fugiu para a Turquia. Retornou cinco anos depois, acompanhado por um único soldado. Ao tentar invadir a Noruega, depois de reorganizar suas forças, morreu em 1718.

Monarquia constitucional. Com a morte de Carlos XII, subiu ao trono da Suécia sua irmã, Ulrika Eleonora. As forças constitucionalistas no Exército e na administração, cuja influência crescera depois da derrota sueca frente à Rússia, forçaram-na a aceitar a condição de rainha eleita e jurar obediência a uma constituição que seria elaborada pelo Parlamento. Coroada em 1719, Ulrika Eleonora, de temperamento autoritário, não se ajustou às novas condições políticas do país e abdicou, em 1720, em favor do marido, Frederico de Hessen-Kassel. O novo reinado iniciou-se com a assinatura em 1721, da paz de Nystad, que cedia à Rússia a Íngria, a Estônia, a Livônia e parte do sudeste finlandês.

No Parlamento formaram-se dois partidos, o dos "chapéus" (alusão ao formato dos quepes militares), decididos a recuperar pela força os territórios perdidos, e o dos "gorros" (alusão aos barretes de dormir), favoráveis a uma política pacífica. Os "gorros" dominaram o governo de 1738 a 1765 e, na tentativa de anular as consequências do Tratado de Nystad, foram novamente derrotados pela Rússia, que ocupou a totalidade da Finlândia em 1742.

O problema sucessório que se criou após a morte de Ulrika Eleonora, sem herdeiros diretos, permitiu à Suécia negociar a devolução da Finlândia em troca da designação do candidato da Rússia, Adolfo Frederico de Holstein-Gottorp, como herdeiro presuntivo. Adolfo Frederico subiu ao trono em 1751, em virtude da morte de Frederico I. Dominado por sua mulher Luísa Ulrika -- irmã de Frederico o Grande da Prússia --, o rei tentou sem êxito, mediante um golpe de estado, recuperar o poder real. O resultado da malograda tentativa foi o completo afastamento da família real do sistema de governo.

Gustavo III, filho de Adolfo Frederico, liderou uma revolta popular, em 1772, que conseguiu recuperar o prestígio da coroa. Com o auxílio de Maria Antonieta, da França, repeliu os russos e venceu-os na batalha de Svensksund, em 1790. A guerra deixou como resíduo uma situação de instabilidade interna, agravada por considerável desgaste financeiro. A dissensão interna atingiu então seu auge, o que resultou numa conspiração contra o rei, que foi assassinado em 1792 por um oficial do Exército.

Com 13 anos de idade, subiu ao trono Gustavo IV, sob a regência de seu tio Carlos, duque de Södermanland. Quatro anos depois, em 1796, Gustavo IV assumiu o governo. Uniu-se então a uma coalizão da Inglaterra, da Rússia e da Áustria, contra a França, com o que terminou por perder as últimas possessões suecas na Alemanha. Pelo Tratado de Tilsit (1807), Napoleão e Alexandre I da Rússia concordaram em atacar a Suécia se ela não declarasse guerra à Inglaterra. Ante a recusa de Gustavo IV, a Finlândia foi invadida. Em março de 1809 o rei foi deposto. O Parlamento reformou a constituição para limitar os poderes do trono e elegeu rei o então regente Carlos, sob o título de Carlos XIII, que reinou até 1818.

Dinastia Bernadotte. Carlos XIII morreu sem deixar descendentes. A escolha do novo soberano recaiu portanto sobre um dos marechais de Napoleão, Jean Bernadotte, eleito príncipe da coroa em 1810. Ao invés de atacar a Rússia e recuperar a Finlândia, como se esperava, o herdeiro designado aliou-se aos inimigos de Napoleão e atacou a Dinamarca. Como compensação pela perda da Finlândia, exigiu a Noruega. Os dinamarqueses renderam-se, mas os noruegueses, após declararem sua independência, escolheram como rei um príncipe dinamarquês, Cristiano Frederico.

Ante a ameaça militar de Bernadotte, Frederico renunciou ao trono e endossou a união com a Suécia, ratificada em 1815. Foi essa a última guerra de que a Suécia participou. Posteriormente, em 1818, Bernadotte ascendeu ao trono como Carlos XIV João e fundou a atual casa da Suécia. Depois de um reinado pacífico, foi sucedido em 1844 por seu filho Oscar I, que deu prosseguimento à política de paz e progresso interno. Seguiram-se Carlos XV e seu irmão Oscar II, em cujo reinado se deu

Século XX. Coroado em 1907, Gustavo V teve o reinado mais longo da história sueca: 43 anos. Durante a primeira guerra mundial, o país manteve sua neutralidade, mas o comércio exterior foi seriamente afetado, o que causou graves problemas de abastecimento. Até 1917, conservadores e liberais alternavam-se no governo. O período entre guerras foi marcado, contudo, pela ascensão do Partido Social Democrático, que empreendeu uma ampla política para combater a crise econômica da década de 1930.

Por ocasião da eclosão da segunda guerra mundial, o governo social-democrata, liderado pelo primeiro-ministro Per Albin Hansson (que se elegeria para o cargo outras três vezes), fortaleceu a defesa e proclamou a neutralidade do país. A guerra russo-finlandesa levou à formação de um governo de coalizão, com representantes de todos os partidos. A invasão nazista da Dinamarca e da Noruega isolou do Ocidente a Suécia, que, muito fraca militarmente, foi obrigada a fazer várias concessões à Alemanha, sobretudo quanto ao trânsito de tropas e armas.

Terminado o conflito em 1945, os social-democratas voltaram a governar isoladamente. No ano seguinte, a Suécia tornou-se membro das Nações Unidas e, com a morte de Hansson, Tage Fritiof Erlander tornou-se primeiro-ministro. O período 1946-1950 assinalou amplas reformas no campo da previdência e da assistência social, assim como na expansão das universidades e de todo o ensino superior. Em 1950, ascendeu ao trono o rei Gustavo VI. As conquistas sociais foram ampliadas em 1959, com a lei que garantia pensão compulsória a todos os trabalhadores, e que os conservadores viam como uma ameaça de completa socialização do país.

Uma nova reforma eleitoral, em 1968, estabeleceu o sistema unicameral a ser adotado em 1971. O último Parlamento bicameral, eleito em 1968, consolidou a supremacia dos social-democratas. No ano seguinte, a Suécia mudou de chefe de governo pela primeira vez desde 1946: o primeiro-ministro Tage Erlander renunciou e foi substituído por Olof Palme. A partir de então os social-democratas não obtiveram mais a maioria nas eleições, mas sempre formaram o governo com o apoio dos comunistas. Em 1973, morreu o rei Gustavo VI Adolfo, o último a deter de fato o poder político, antes da reforma constitucional de 1971. Sucedeu-lhe seu filho, Carlos XVI Gustavo.

Nas eleições de 1976 o governo social-democrata foi derrotado. Formou-se uma coalizão de centristas, liberais e conservadores, e o líder do partido do centro, Thorbjörn Fälldin, assumiu o cargo de primeiro-ministro, pondo fim a 44 anos de domínio ininterrupto da social-democracia no país. Fälldin renunciou em outubro de 1978, em virtude de um impasse criado em torno do principal ponto de seu programa de governo: o uso da energia nuclear para gerar eletricidade. Para substituí-lo foi escolhido outro representante da mesma coalizão, o liberal Ola Ullsten.

Após as eleições gerais de 1979, Fälldin voltou a formar gabinete, apoiado numa coalizão de centristas, moderados e liberais. Dois anos depois, o Partido Moderado se retirou, e Fälldin formou novo governo. Os social-democratas triunfaram no pleito de 1982 e voltaram ao poder. Seu líder, Olof Palme, realizou, como chefe de governo, uma política de rigorosa contenção de despesas e, no plano externo, enfrentou problemas nas relações com a União Soviética, acusada de realizar manobras submarinas em águas suecas.

Os social-democratas foram confirmados no poder nas eleições de 1985, mas tiveram que se aliar aos comunistas para conquistar a maioria parlamentar. Em fevereiro de 1986, Palme foi baleado por um desconhecido em Estocolmo e morreu pouco depois. O vice-primeiro-ministro, Ingvar Gösta Carlsson, assumiu o poder. Quatro anos depois, depois que os comunistas e o Partido Verde recusaram-se a apoiar as medidas de austeridade propostas pelo governo para conter a inflação, Carlsson renunciou, mas depois de preparar um conjunto de medidas mais moderado, formou novo governo.

Nas eleições gerais de 1991, porém, os social-democratas saíram derrotados e foram substituídos no governo por uma coalizão de quatro partidos não-socialistas, encabeçada pelo líder do Partido Moderado, Carl Bildt. As primeiras medidas econômicas do novo primeiro-ministro destinaram-se a fortalecer a economia de mercado e reduzir os gastos do governo, com a finalidade de tirar o país da recessão. No mesmo ano, iniciaram-se as negociações para a admissão do país na União Européia.

Nas eleições gerais de setembro de 1994, os social-democratas voltaram ao poder, com Ingvar Carlsson como primeiro-ministro. Dois meses depois, os suecos aprovaram, em plebiscito, o ingresso do país na União Européia, programado para 1º de janeiro de 1995. A decisão pôs fim a um longo período de distanciamento do país com relação ao continente europeu, em que se manteve uma política de neutralidade e de defesa dos países do Terceiro Mundo.
Instituições políticas

A Suécia é uma monarquia constitucional e hereditária, com forma parlamentar de governo. Sua constituição data de 1809 e foi revista em 1975. O monarca é o chefe de estado, mas não exerce poder político. Suas responsabilidades são apenas cerimoniais. O poder legislativo é exercido pelo Parlamento unicameral (Riksdag), cujos membros são eleitos por voto direto para um mandato de três anos. O poder executivo é exercido pelo gabinete, sob a liderança do primeiro-ministro, que é escolhido de acordo com sua capacidade de controlar a maioria votante no Riksdag. O partido político mais importante do país, o Social Democrático, está aliado aos sindicatos.

O sistema judicial consta de três níveis e é presidido pela Corte Suprema. O código civil sueco apresenta grande semelhança com os da Noruega e da Dinamarca. A figura do ombudsman (defensor do povo) é uma instituição originalmente sueca e tem sido imitada por muitos países, como o Reino Unido e a Espanha. Sua principal tarefa é controlar os possíveis excessos da administração e garantir o respeito aos direitos dos cidadãos.

A Suécia é um estado unitário dividido em 24 län (condados), à frente de cada um dos quais há um governador nomeado pelo executivo. Em cada län há também um conselho eletivo, assim como em cada um dos 284 municípios do país. Parte dos serviços de saúde e bem-estar social são controlados pelos län e municípios. Estes últimos administram também o ensino primário.
Sociedade

A imagem da Suécia no exterior é a de um estado moderno que promove o bem-estar de seus cidadãos, mediante políticas quase socialistas destinadas a garantir segurança ao povo e uma distribuição igualitária da renda. O país montou uma das mais abrangentes redes de serviço social do mundo, financiada também por um dos mais altos impostos de renda. O sistema de seguridade social oferece benefícios bastante abrangentes.

Praticamente toda a população sueca é alfabetizada. Público e gratuito, o sistema de ensino é obrigatório entre os 6 e os 15 anos. A educação de adultos é uma importante característica do sistema educacional sueco. Pelo menos metade da população adulta está matriculada em algum curso de extensão. Das 13 grandes universidades suecas, as mais importantes são as de Uppsala, Estocolmo e Göteborg.

As condições de saúde na Suécia são boas se comparadas às de outros países. A mortalidade infantil é baixa e a expectativa de vida ao nascer, alta. O número de médicos disponíveis para atender a população também é elevado. Todas as comunidades dispõem de centros de atendimento médico primário. Para atendimento altamente especializado, o país divide-se em seis grandes regiões, cada uma das quais tem no mínimo um grande hospital com vários especialistas e está ligado a uma escola médica para pesquisa e ensino.

Os suiones, povo escandinavo que habitava a região do lago Mälarem (sudeste da atual Suécia), criam um Estado no século I a.C. Por volta do século VI, conquistam regiões vizinhas, ocupadas pelos godos. No período viking (do século IX ao XIII), estendem sua influência pela Rússia até o mar Negro e unem-se a dinamarqueses e noruegueses em incursões pela Europa Ocidental. O cristianismo é introduzido no século IX. Entre 1150 e 1160, Eric IX elimina os outros cultos do país e lança uma cruzada contra os não-cristãos da Finlândia, anexando-a ao Reino da Suécia. Em 1319, Suécia e Noruega são unificadas pelo rei sueco Magnus VII, que herdara também o trono norueguês.

Guerras e conquistas – Em 1389, a rainha Marghrete, que governava a Dinamarca, a Noruega e a Islândia, assume o trono sueco. Tal ligação é referendada em 1397 pela União de Kalmar. O objetivo é enfrentar a Liga Hanseática, organização mercantil germânica. O reinado de Gustavo I, de 1523 a 1560, é marcado pelo fim da união com os países vizinhos, pelo rompimento com a Igreja Católica e pela formação da Igreja Luterana sueca. A monarquia passa a ser hereditária. No reinado de Gustavo II, entre 1611 e 1632, a Suécia expande o território em guerras contra Rússia, Polônia e Áustria.

Reformas sociais – Entre 1805 e 1809, a Suécia participa da aliança contra Napoleão Bonaparte e perde o restante de seus territórios alemães para a França e a Finlândia para a Rússia. O rei Gustavo IV é derrubado e estabelece-se uma monarquia constitucional. Em sua última grande guerra (1813/1814), o país se volta novamente contra Napoleão. Em 1814, a Dinamarca cede a Noruega à Suécia. Ao subir ao trono, em 1818, Carlos XIV dirige a nação com uma política de neutralidade. A união com a Noruega é desfeita em 1905. Em 1917, um ministério de coalizão entre liberais e social-democratas assume o poder e inicia reformas sociais, como a redução da jornada de trabalho para oito horas diárias e a extensão do sufrágio universal às mulheres.

Austeridade – O Partido Trabalhista Social Democrático (SdAP) permanece no governo quase ininterruptamente de 1932 a 1976. Em 1982, liderado por Olof Palme, volta ao poder. Palme é assassinado em 1986 e sucedido por Ingvar Carlsson, também do SdAP. Nas eleições gerais de 1991, uma coalizão conservadora, chefiada por Carl Bildt, assume o governo. Bildt reduz impostos e gastos públicos, privatiza estatais e defende a entrada da Suécia na União Européia (UE). Em 1994, eleições gerais recolocam os social-democratas no poder, com Carlsson como primeiro-ministro. Em novembro, uma estreita maioria de 52,2% aprova em plebiscito o ingresso do país na UE em 1995. O novo governo adota um plano de austeridade para reduzir o déficit orçamentário e adaptar-se às diretrizes do bloco europeu. Em 1996, Carlsson renuncia e é sucedido por Göran Persson (SdAP).

Crescimento econômico – O Produto Interno Bruto (PIB) sueco registra crescimento médio de 2,5% ao ano entre 1995 e 1999, um dos mais altos da Europa. O corte de benefícios sociais, entretanto, causa insatisfação popular. Nas eleições gerais de 1998, os social-democratas vencem, mas obtêm a pior votação em 70 anos: 36,6%. O partido continua no governo com o apoio do Partido Verde (MpG) e o da Esquerda (Vp). Em 1999, a Suécia não adere ao euro, a moeda da UE, por causa da forte oposição nacional. A população teme que a nova moeda prejudique a economia sueca, em fase de expansão graças ao setor de alta tecnologia.

Nas eleições de 2002, o SdAP obtém 39,8% dos votos, ficando com 144 das 349 cadeiras do Parlamento. Em setembro de 2003, é assassinada a ministra das Relações Exteriores, Anna Lindh. Três dias depois, 56,1% dos eleitores rejeitam, em referendo, a adesão ao euro. O assassino da ministra é condenado em março de 2004 à prisão perpétua. Em dezembro, pelo menos 52 turistas suecos morrem na Tailândia em virtude do tsunami. Há também 600 desaparecidos, o que faz da Suécia o país europeu com o maior número de vítimas do maremoto.

Governo em números – Monarquia parlamentarista. Div. administrativa: 21 condados subdivididos em distritos municipais. Chefe de Estado: rei Carl XVI Gustaf (desde 1973). Partidos: Trabalhista Social-Democrático (SdAP), da Coalizão Moderada (MSP), Popular Liberal (FP), Democrata-Cristão (Kd), da Esquerda (Vp), Verde (MpG). Legislativo: unicameral – Riksdag (Parlamento), com 349 membros. Constituição: 1975.

Cultura da Suécia

O nível educacional e cultural dos cidadãos suecos é muito alto. Numerosas instituições culturais, como a Ópera Real Sueca de Estocolmo, a Academia Sueca, a Real Academia de Letras, História e Antiguidades, a Biblioteca Real e a Real Academia Sueca de Ciências, foram fundadas na capital, no século XVIII.

A Fundação Nobel, criada pelo químico e industrial sueco Alfred Nobel, organiza anualmente a cerimônia de concessão do Prêmio Nobel a nomes da ciência, da literatura e da política. Os químicos e físicos laureados são escolhidos pela Real Academia Sueca de Ciências, enquanto a indicação para o prêmio de literatura é feita pela Academia Sueca.

Literatura. O primeiro nome da literatura sueca aclamado internacionalmente foi o de August Strindberg. No início do século XX a romancista Selma Lagerlöf tornou-se a primeira escritora do país a ganhar o Prêmio Nobel de literatura. Muitos outros autores contemporâneos, porém, mereceram reconhecimento internacional. Podem ser citados entre eles Hjalmar Bergman, romancista e dramaturgo de tendência introspectiva; Pär Lagerkvist, ganhador do Prêmio Nobel de 1951; Carl Artur Vilhelm Moberg, romancista de tendência socialista; e, na poesia, o escritor proletário Harry Edmund Martinson. Artes. Inspirada no nacionalismo romântico do final do século XIX, a arte moderna sueca produziu pintores como Carl Larsson, Bruno Liljefors e Anders Leonard Zorn. Carl Milles, que dominou a escultura monumental na década de 1920, é igualmente famoso no exterior. Na Feira Mundial de Paris, em 1925, estabeleceu-se uma importante conexão entre a indústria sueca e os designers, que revolucionou o desenho industrial. Criou-se a partir de então um estilo cujas principais características são a funcionalidade e a seriedade aliada a uma extrema elegância de linhas.

O cinema sueco, apesar de sua produção reduzida em termos quantitativos, apresenta uma longa tradição e é uma das mais importantes da Europa. O cineasta Ingmar Bergman é um dos maiores nomes do cinema mundial.

Yterby

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