Revolta Praieira em Pernambuco (1848 a 1850)
A Revolta Praieira foi um movimento de inspiração liberal e federalista ocorrido em Pernambuco entre 1848 e 1850. Está ligado às lutas político-partidárias remanescentes da Regência. Sua derrota é uma demonstração de força do governo central do Império. Em abril de 1848, os setores radicais do Partido Liberal pernambucano – reunidos em torno do jornal Diário Novo, na rua da Praia, no Recife, e conhecidos como praieiros – condenam a destituição do governador da província, Antônio Chichorro da Gama. À frente do poder, ele combate os guabirus, o grupo mais poderoso da aristocracia proprietária e da burguesia mercantil pernambucana, ligado ao Partido Conservador. Em outubro, liderados pelo general Abreu e Lima, pelo capitão de artilharia Pedro Ivo Veloso da Silveira, pelo militante da ala radical do Partido Liberal Antônio Borges da Fonseca e pelo deputado Joaquim Nunes Machado, os praieiros iniciam em Olinda uma rebelião contra o novo governo provincial. O movimento espalha-se rapidamente por toda a Zona da Mata pernambucana. Os revoltosos lançam o Manifesto ao Mundo em janeiro de 1849. Defendem o voto livre e universal, a liberdade de imprensa, a independência dos poderes constituídos, a extinção do Poder Moderador, o federalismo e a nacionalização do comércio varejista. Depois de receber a adesão da população urbana pobre, os praieiros atacam o Recife em fevereiro de 1849 com quase 2,5 mil combatentes, mas são rechaçados. A rebelião é derrotada no começo de 1850.
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