Guerra do Contestado (1912 a 1916)
Violento conflito social que ocorre entre 1912 e 1916 no Contestado – região no oeste de Santa Catarina, divisa com Paraná, na época reivindicada pelos dois estados brasileiros. Camponeses pobres enfrentam forças federais e estaduais na defesa de suas terras e de suas crenças religiosas.
Pobreza e messianismo – Em 1912 há um grande contingente de famílias pobres à procura de terra e de trabalho. São famílias de trabalhadores desempregados da estrada de ferro recém-construída (ligando São Paulo ao Rio Grande do Sul) ou expulsas das terras à beira da ferrovia, concedidas pelo governo a companhias colonizadoras e empresas madeireiras. Nesse ano aparece nas vizinhanças de Campos Novos e Curitibanos o "monge" José Maria, pregador e curandeiro que atrai muitos camponeses para a localidade de Taquaruçu. De lá são expulsos por jagunços do coronel Francisco de Albuquerque e se instalam na Vila do Irani, no centro do Contestado. Ocorrem novos combates e morrem o monge e o comandante das forças policiais do Paraná.
Nos dois anos seguintes, alastra-se a crença na volta do monge e cresce o número de fiéis em redutos como Taquaruçu, Caraguatá e Timbó. Em 1915, os líderes da irmandade político-religiosa que se forma lançam um manifesto monarquista e anunciam a "guerra santa" contra os coronéis, as companhias de venda de terras e as autoridades estaduais e federais. A luta prolonga-se até o final de 1916, envolvendo uma população rebelada de 20 mil pessoas, e termina com a maciça intervenção do Exército, com saldo de quase 3 mil mortos. No final desse ano, o governo do Paraná e o de Santa Catarina assinam um acordo de limites, pondo fim à velha disputa territorial. A questão fronteiriça havia favorecido o movimento do Contestado por ter enfraquecido a posição dos dois governos estaduais e, assim, ter dificultado a repressão.
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Nos dois anos seguintes, alastra-se a crença na volta do monge e cresce o número de fiéis em redutos como Taquaruçu, Caraguatá e Timbó. Em 1915, os líderes da irmandade político-religiosa que se forma lançam um manifesto monarquista e anunciam a "guerra santa" contra os coronéis, as companhias de venda de terras e as autoridades estaduais e federais. A luta prolonga-se até o final de 1916, envolvendo uma população rebelada de 20 mil pessoas, e termina com a maciça intervenção do Exército, com saldo de quase 3 mil mortos. No final desse ano, o governo do Paraná e o de Santa Catarina assinam um acordo de limites, pondo fim à velha disputa territorial. A questão fronteiriça havia favorecido o movimento do Contestado por ter enfraquecido a posição dos dois governos estaduais e, assim, ter dificultado a repressão.
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