Colonização do Brasil (1494-1822)

Colonização do Brasil (1494-1822)

Colonização do BrasilExpressão usada para definir o processo geral de ocupação, administração e exploração econômica do território brasileiro pelos portugueses entre os séculos XVI e XIX, do descobrimento em 1500 à independência em 1822. Esse processo é controlado pelo Estado e dele participam a nobreza proprietária, a burocracia, a burguesia mercantil e o clero, com seus interesses próprios.

Iniciada com a expedição de Martim Afonso de Sousa em 1530, que fundou a primeira vila na colônia – São Vicente, em 1532 –, a ocupação das terras brasileiras é lenta e dispersa. Até meados do século XVII, permanece limitada à estreita faixa litorânea, onde se concentram a exploração do pau-brasil e a produção açucareira, mas daí por diante se estende para o interior, estimulada pela pecuária, pela mineração e pela atividade missionária. A base econômica da colonização é a produção agrícola e mineral, sustentada no trabalho escravo e voltada essencialmente para o comércio com a própria metrópole. A estrutura político-administrativa da colônia é constituída pelas capitanias hereditárias e pelo governo-geral, estando o governo local de vilas e cidades a cargo das câmaras municipais. O culto religioso, a educação e o controle moral da população, além da catequese indígena, cabem à Igreja Católica e às suas ordens religiosas.

Pacto colonial – A colonização portuguesa do Brasil, como outras colonizações europeias na América no mesmo período, tem caráter essencialmente mercantilista: ocupar a terra e produzir riquezas para proporcionar renda ao Estado e lucros à burguesia. Isso é garantido pelo monopólio comercial e pelo chamado pacto colonial, conceito político-jurídico usado para legitimar o direito exclusivo da metrópole de comprar e vender na colônia por meio de seus comerciantes e de suas companhias. Mas a sociedade colonial desenvolve interesses próprios, econômicos e políticos. E, quando começa a considerar que na relação com a metrópole suas aspirações são sempre secundárias, passa a contestar o pacto colonial. Crescem as revoltas entre os séculos XVII e XVIII. O sistema colonial enfraquece e avança o movimento de independência.

Economia Colonial no BrasilEconomia Colonial no Brasil

Durante o período colonial, de 1500 a 1822, desenvolvem-se no Brasil múltiplas atividades econômicas de subsistência e de exportação. As que mais interessam à metrópole e a sua política mercantilista são aquelas dirigidas para o mercado externo, submetidas direta ou indiretamente ao monopólio e à tributação real.

A primeira atividade econômica da colônia é a exploração do pau-brasil, mas ela perde a importância quando as árvores começam a escassear nas áreas da mata Atlântica mais próximas da costa. Destacam-se então as monoculturas exportadoras de cana-de-açúcar, algodão e tabaco, e a mineração de ouro e diamante, ramos em geral baseados na grande propriedade e na escravidão. Paralelamente, a criação de gado, vista como um meio de subsistência, contribui para a colonização do interior do país. A economia colonial organiza-se de forma a complementar a economia da metrópole. Produz principalmente o que a ela convém e compra dela muito do que necessita: produz e exporta açúcar, e importa azeite, sal, ferramentas, tecidos e escravos. Cada um dos seus setores tem importância maior ou menor de acordo com a região e o período em que se desenvolve.

www.megatimes.com.br
Postagem Anterior Próxima Postagem