A Imigração no Mundo
O abandono do país natal por outro é um fenômeno que sempre existiu. Nas últimas décadas, no entanto, os movimentos migratórios se intensificaram, principalmente por causa da globalização econômica e de uma série de conflitos localizados, além do desenvolvimento desigual das várias regiões do mundo. A ONU estima que entre 1990 e 2010, o número de imigrantes internacionais tenha aumentado em 40 milhões de pessoas.
Voluntários e forçados – É possível dividir os imigrantes em dois grupos: o dos voluntários e o dos forçados. O primeiro, majoritário, é formado pelos que se dirigem a outros países em busca de trabalho, estudo ou para se juntar a familiares. O segundo, pelos que têm de deixar a região de origem em virtude de desastres ambientais, conflitos ou perseguições. São os refugiados. A Organização das Nações Unidas (ONU) calcula que cerca de 175 milhões de pessoas vivam fora de sua terra natal, o que equivale a 3% da população mundial. A maioria, cerca de 60%, mora nos países desenvolvidos. Os Estados Unidos (EUA) são o país que mais têm habitantes de outras nacionalidades. Nos próximos 50 anos, o nível de imigração tende a continuar elevado. Os países desenvolvidos ainda serão o principal destino dos estrangeiros, provenientes principalmente da China, do México, da Índia, das Filipinas e da Indonésia. Os países em desenvolvimento beneficiam-se das remessas que recebem dos emigrados – em 2010 elas somaram 180 bilhões de dólares.
Histórico – Após a II Guerra Mundial, as nações desenvolvidas passam a incentivar a entrada de trabalhadores estrangeiros provenientes de suas ex-colônias para aquecer a economia local. São pessoas menos qualificadas, que se dispõem a exercer funções que os habitantes nativos não desejam, com ganhos mais baixos. A partir de 1970, no entanto, a crise econômica e o crescimento do desemprego provocam intensa reação à imigração. Aumenta a hostilidade das populações locais aos estrangeiros e leis mais rígidas de imigração passam a ser aplicadas. Cresce o reforço das fronteiras e a checagem mais rigorosa de documentação. A União Europeia (UE) discute a formação de uma polícia de fronteira unificada. Nos EUA o controle torna-se ainda mais rigoroso após os atentados de 11 de setembro de 2001. Apesar disso, entre 2001 e 2011, mais de 5,8 milhões de pessoas migram para os EUA.
Mudança nos fluxos – Com as restrições à contratação de trabalhadores estrangeiros, o fluxo de imigrantes para o mundo desenvolvido passa a ser liderado por profissionais altamente especializados, refugiados e familiares de imigrantes. Os países de destino também mudam. Nações que até os anos 1980 eram fornecedoras de imigrantes, como Itália, Espanha, Grécia e Portugal, passam a receber estrangeiros dos países em desenvolvimento. Além disso, a origem dos estrangeiros se diversifica, deixando de se restringir a habitantes das ex-colônias.
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