Guiné-Bissau | História e Geografia de Guiné-Bissau
Geografia: Área: 36.125 km². Hora local: +3h. Clima: equatorial. Capital: Bissau. Cidades: Bissau (305.000) (aglomeração urbana), Bafatá (20.000), Gabú (13.000). Moeda: franco CFA
População: 1,7 milhão; nacionalidade: guineense; composição: balantas 30%, fulanis 20%, maniacas 14%, mandingas 13%, papeles 7%, outros 16%. Idiomas: português (oficial), crioulo, dialetos regionais. Religião: crenças tradicionais 45,2%, islamismo 39,9%, cristianismo 13,2% (católicos 11,6%, outros 3,8% - dupla filiação 2,2%), sem religião e ateísmo 1,6%.
Localizada na costa ocidental da África, a Guiné-Bissau tem a maior parte de seu território formada por terrenos baixos e pantanosos, com litoral de mangues, e pelo arquipélago dos Bijagós. Um dos países mais pobres do mundo, depende de ajuda internacional. A agricultura, que emprega 80% da força de trabalho, tem como principais produtos a castanha de caju e o algodão. Há ainda reservas de bauxita e fosfato.
História de Guiné-Bissau
Os portugueses chegam à região em 1446. No fim do século XVI, instalam ali feitorias, que servem de base para o tráfico de escravos. Em 1974, a Guiné-Bissau é a primeira colônia portuguesa na África a se tornar independente, graças à guerrilha do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), fundado por Amílcar Cabral, assassinado em 1973. Seu irmão, Luís Cabral, assume a Presidência do país e institui regime de inspiração marxista, favorável à fusão com Cabo Verde. É deposto em 1980 por um golpe de Estado chefiado pelo general João Bernardo Vieira, veterano do partido. Com o golpe, separam-se o PAIGC da Guiné-Bissau e de Cabo Verde, e acaba o projeto de união dos países. A transição para a democracia começa em 1990. Em 1994, o PAIGC obtém maioria na Assembléia Nacional, e Vieira é eleito presidente.
Guerra civil - Em 1998, Vieira enfrenta motim liderado pelo general Ansumane Mané, demitido da chefia das Forças Armadas. Mais de 3 mil estrangeiros saem do país. Em maio de 1999, Vieira é derrubado por Mané, que coloca Malam Bacai Sanha (PAIGC) na Presidência transitória e convoca eleições gerais. Em janeiro de 2000, no segundo turno das eleições presidenciais, Kumba Ialla, do Partido de Renovação Social (PRS), vence Sanha (PAIGC) com 72% dos votos. Ialla forma governo de coalizão entre o PRS e a Resistência da Guiné-Bissau-Movimento Bah-Fatah (RGB-MB). Em novembro, o governo informa que Mané foi morto por tropas oficiais, após suposta tentativa de golpe.
Em setembro de 2003, Ialla é deposto por um golpe militar liderado pelo chefe das Forças Armadas, o general Veríssimo Correia Seabra, que empossa Henrique Rosa como presidente provisório até as próximas eleições presidenciais, provavelmente em março de 2005. Em março de 2004, o PAIGC vence as eleições legislativas, obtendo 45 cadeiras das 100 em disputa. O PRS fica em segundo, com 35. O líder do PAIGC, Carlos Gomes Júnior, é indicado como primeiro-ministro.
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