El Salvador | História e Geografia de El Salvador
Geografia: Área: 21.041 km². Hora local: -3h. Clima: tropical. Capital: San Salvador. Cidades: San Salvador (500.000), Soyapango (291.000), Santa Ana (256.000), San Miguel (250.400), Mejicanos (198.400).
População: 7,3 milhões; nacionalidade: salvadorenha; composição: eurameríndios 94%, ameríndios 5%, europeus ibéricos 1%. Idioma: espanhol (oficial). Religião: cristianismo 97,6% (católicos 91,2%, outros 21,9% - dupla filiação 15,5%), sem religião e ateísmo 1,6%, outras 0,8%.
Banhado pelo oceano Pacífico, El Salvador é o menor país da parte continental da América Central e o único da região sem litoral no mar do Caribe. A guerra civil que devastou a nação na década de 1980, deixando 75 mil mortos, ainda tem reflexos em sua estrutura socioeconômica. Quase metade da população vive abaixo da linha de pobreza. O dinheiro enviado por cerca de 1 milhão de salvadorenhos que deixaram o país durante a guerra é uma de suas principais fontes de recursos, ao lado da exportação de café e cana-de-açúcar. El Salvador abriga mais de 25 vulcões extintos, situados em cadeia montanhosa que corta o território de leste a oeste.
História de El Salvador
A região onde está El Salvador foi a terra dos índios pipil, que a denominavam Cuscatlán, antes da vinda dos conquistadores espanhóis. Em 1524, o espanhol Pedro de Alvarado chega à região. Até sua independência, no século XIX, o território é administrado como parte da capitania geral da Guatemala. Em 1811, José Matías Delgado protagoniza a primeira tentativa de independência centro-americana, mas a libertação de El Salvador só se dá em 1821, com sua união ao México. Faz parte da Federação Centro-Americana entre 1823 e 1841, quando proclama a independência. El Salvador, Honduras e Nicarágua formam uma confederação. A República de El Salvador é formalmente proclamada em 1856.
Golpes de Estado - Entre 1931 e 1944, o general Maximiliano Hernández Martínez estabelece uma ditadura. Em 1932, um levante de 30 mil camponeses chefiados pelo líder comunista Farabundo Martí é massacrado pelo Exército. De 1945 a 1961, o país é sacudido por crises institucionais, com ascensão e queda de governos em numerosos golpes de Estado. Apesar da instabilidade política, a nação vive fase de progresso econômico na década de 1950.
Guerra contra Honduras - O período de relativa estabilidade política iniciado sob a Constituição de 1962 é interrompido em 1969 pela guerra com Honduras, provocada pela migração de aproximadamente 300 mil salvadorenhos para o país vizinho. A mediação da Organização dos Estados Americanos (OEA) põe fim ao conflito, mas a violência se intensifica nos anos 1970, com a ação de grupos de extrema direita (esquadrões da morte) e da esquerda. Guerra civil Em março de 1980, o assassinato do arcebispo de San Salvador, Oscar Romero, defensor dos direitos humanos, marca o começo da guerra civil. Em dezembro desse mesmo ano, o democrata-cristão Napoleón Duarte, membro da junta que tomara o poder em 1979, torna-se presidente. As ações da guerrilha, unificada em 1981 na Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN), desestruturam os sistemas de transporte, energia e comunicações do país. El Salvador volta a receber ajuda civil e militar dos Estados Unidos (EUA), suspensa desde o assassinato de três freiras e de uma funcionária norte-americanas por militares salvadorenhos em 1980 – quatro soldados condenados por esse crime confessam em 1998 ter agido por ordem de superiores, mas o inquérito não é reaberto. No fim da década de 1980, a FMLN domina um quarto do território do país. A guerra civil atinge todos os setores da vida nacional. Nas cidades, os esquadrões da morte agem intensamente. Em 1989, Alfredo Cristiani – da direitista Aliança Republicana Nacionalista (Arena) – vence as eleições presidenciais.
Pacificação - O fim da Guerra Fria e o esforço internacional criam condições para a assinatura de um acordo de paz em janeiro de 1992, sob o patrocínio da Organização das Nações Unidas (ONU). A guerrilha desmobiliza-se e constitui um partido político. Em 1993, a comissão instalada pela ONU para investigar as violações dos direitos humanos durante a guerra atribui 85% dos crimes cometidos aos militares e aos esquadrões da morte. A Assembléia Nacional aprova a anistia a todos os envolvidos na luta. O candidato da Arena, Armando Calderón, chega à Presidência em 1994.
Austeridade econômica - Contrariando as promessas do acordo de paz – concessão de terras, crédito e emprego aos ex-combatentes –, o novo governo elabora, em 1995, um plano de austeridade e enxugamento do setor público. As reações causam conflitos. Francisco Flores Pérez, da Arena, vence as eleições presidenciais de 1999. A economia do país sofre os efeitos da queda dos preços agrícolas no mercado internacional. Na tentativa de estabilizá-la, Flores surpreende os salvadorenhos, em novembro de 2000, ao anunciar a introdução do dólar como segunda moeda circulante, a partir de 2001. A moeda oficial continua a ser o colón (cotado na relação de 1 dólar = 8,75 colón), mas a população também pode usar o dólar nas transações comerciais.
Dois terremotos, ocorridos em 2001, deixam mais de mil mortos, 4 mil feridos e 1,5 milhão de desabrigados. A reconstrução das regiões afetadas custa cerca de 1,9 bilhão de dólares, a maior parte cedida pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O ano de 2002 é marcado por protestos dos médicos contra os planos do presidente Flores de privatizar serviços de saúde. Nas eleições parlamentares de março de 2003, a FMLN conquista 31 cadeiras na Assembléia Nacional; a Arena obtém 27. Na disputa presidencial de março de 2004, a Arena assegura o quarto mandato seguido, ao eleger Antonio Elías Saca, conhecido como Tony Saca, com 57,7% dos votos. Schafik Jorge Handal, da FMLN, obtém 35,6%.
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