Manaus | Capital do Estado do Amazonas

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História de Manaus

Na época das grandes explorações de países do velho mundo, começou a corrida por conquistas de novas terras. Em 1540 Francisco de Orellana, vindo do Peru, pretendia chegar a Espanha.

Ele descobriu um grande rio em sua viagem e o batizou de Rio Orellana. Ao ser atacado, na Foz do Nhamundá, por uma tribo indígena de mulheres guerreiras, passou a chamar o rio de Amazonas, em referência as amazonas gregas, também mulheres guerreiras.

Antes de Orellana navegar por este rio, ele recebia o nome indígena de Amaru Mayu, ou "A Serpente Mãe do Mundo". 

Relatos realizados pela expedição de Orellana, sobre a riqueza encontrada em áreas florestais e abundância de água, despertou interesse de portugueses, espanhóis, holandeses, ingleses e franceses. Por volta de 1600, começaram, portanto, as investidas européias pela região.

Os Portugueses tentam defender suas conquistas em terras amazônicas e,  partindo de Pernambuco, atingem a região do Amazonas por volta de 1616, lutando contra os franceses que haviam invadido o litoral do Maranhão.

Nesta mesma época, surge Belém, hoje capital do Pará, tendo como princípio o Forte do Presépio, também construído pelos portugueses para proteção do território contra invasões europeias. Toda a região Amazônica era comandada a partir de Belém, região conhecida como Grão-Pará. Devido a abrangência do local, uma área enorme, ficou impossível atender a população da área e manter a paz com os Índios, somente por meio do Pará.

Para combater,explorar e garantir o domínio português na região, foi criado em 1669 o Forte São José da Barra, na região hoje dominada pelo Amazonas. Em torno desse forte, nasceu o arraial que deu origem a cidade de Manaus. Em 3 de março de 1755, criou-se então a Capitania de São José do Rio Negro para atender as dificuldades e garantir a dominação portuguesa

Manaus, Capital da Província do Amazonas 

Em 1833, a capitania de São José do Rio Negro, passa à categoria de Vila, com o nome de Manaus, que significa "Mãe de Deus", homenagem à tribo manaós. Em 24 de Outubro de 1848 recebe o título de cidade.

Província do Amazonas

Tentativas de ocupar toda a extensão territorial não foi bem sucedida, e logo o Peru, com apoio do EUA, tentaram expandir suas fronteiras. Foi criada, então, em 5 de Setembro de 1850 a Província do Amazonas, desmembrando-se do Grão-Pará.

Ciclo da Borracha 

Anos depois, houve o surgimento do mais importante ciclo econômico do estado, o Ciclo da Borracha. Época em que imigrantes nordestinos, fugiam da seca e se instalavam nos seringais comandados pelos barões da borracha.

Na mesma época, a participação inglesa foi importante para surgir melhorias na cidade de Manaus. Eles construíram obras importantes, como rede de esgotos, água encanada, luz elétrica, o Porto, bondes elétricos, pontes, obras que contribuiriam para o desenvolvimento de Manaus, que vivia sob a riqueza dos lucros obtidos com a venda da borracha. Muitos desses serviços nem existiam no restante do país.  Era um tempo de muito luxo para a elite amazonense, em que comerciantes mandavam seus filhos estudarem na Europa .Os prédios eram construídos com material europeu. Destaque para o famoso Teatro Amazonas , o Mercado Adolpho Lisboa e o prédio da Alfândega, construídos com o lucro obtido na 'Época Áurea da Borracha'.

Zona Franca de Manaus

Zona Franca de Manaus

A partir de 1915, a cidade entrou em decadência. Por meio século, a cidade sofreu com o declínio da borracha, provocado pela concorrência na Ásia. Desapareceram os barões da borracha e a população sofreu intenso desemprego e derrocada econômica.

A solução para que o desenvolvimento continuasse na região, apareceu com o surgimento da Zona Franca de Manaus em 1967, onde o Amazonas ganhou incentivos fiscais para o comércio e a indústria. 

Em função da Zona Franca de Manaus, gerida pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) foi criado o distrito industrial, onde destacou-se o polo de duas rodas (motocicletas e bicicletas), eletroeletrônicos e celulares, dentre outros.

A zona Franca de Manaus é a principal fonte de renda do estado, gera mais de 600 mil empregos diretos e 200 mil indiretos e é considerada um apelo importante para evitar o desmatamento na floresta amazônica do estado, sendo o Amazonas um dos estados mais preservados da Amazônia.

Turismo em Manaus

A capital do Amazonas é o portal de entrada para a maior reserva ecológica do mundo, a Floresta Amazônica. Manaus oferece ampla rede hoteleira aos turistas, assim como restaurantes variados. Conta também com diversos hotéis de selva com completa infraestrutura.

A cidade possui modernos shoppings centers, largas avenidas com viadutos e passarelas. No centro comercial é possível comprar produtos importados e brasileiros. Destaque também para o artesanato local, encontrado em diversas lojas espalhadas pelos shoppings centers, feiras e centros comerciais.

Um dos principais pontos turísticos da cidade é o Teatro Amazonas, inaugurado em 31 de dezembro de 1896. É o principal patrimônio artístico cultural do estado e a obra mais significativa do período da borracha. 

Outro destaque é o Palácio da Justiça, na avenida Eduardo Ribeiro, inaugurado em 1900. Além dele, o Relógio Municipal, situado na mesma avenida, também se destaca entre as obras turísticas. 

Parada obrigatória também no Palácio Rio Negro, construído no final do século 19. A princípio residência de um comerciante da borracha, em 1918, foi comprado pelo Estado do Amazonas para ser residência oficial do governador. Em 1980, o prédio foi tombado pelo Patrimônio Estadual e passou a ser o Centro Cultural Palácio Rio Negro. 

Os turistas que vêm a Manaus não podem deixar de visitar o Conjunto Arquitetônico do Porto de Manaus, tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional em 1987. No local existem várias construções, entre elas o Prédio da Ilha de São Vicente, o Escritório Central, o Museu do Porto, o antigo Prédio do Tesouro Público e o Trapiche 15 de Novembro. 

Destaque para o Museu do Porto, que conta a história da navegação no Amazonas e da construção do Porto.

Para completar o passeio pelo centro da cidade, vale a pena ir ao Mercado Municipal Adolpho Lisboa, o segundo a ser montado no Brasil e é uma réplica miniatura do mercado de Paris. Foi inaugurado em 1882 e fica em frente ao rio Negro. Na volta do roteiro ainda tem a Igreja da Matriz, primeira erguida após a fundação de Manaus; a Biblioteca Pública do Estado, inaugurada em 1871; e a usina Chaminé.

Culinária local 

A culinária regional é exótica. A maioria dos pratos são de origem indígena. O turista tem a oportunidade de experimentar novos sabores como o tacacá, espécie de sopa servida em cuias, preparado com camarão e uma erva chamada jambu. 

Destaques para  as tapiocas feitas  com castanha, coco ou manteiga, podendo ser recheada com tucumã, e servidas em pedaços de folha de bananeira. 

Para completar, o bolo de macaxeira (aipim ou mandioca), a banana frita, os sucos de frutas típicas, como o cupuaçu, o mingau de banana e o mugunzá, mingau preparado com milho branco.

Os peixes

A culinária do manaura tem como maior destaque o peixe. São mais de duas mil espécies, entre eles o tambaqui, o matrinxã, o jaraqui, a sardinha, o pacu, o pirarucu e o tucunaré. Um dos segredos para õ sabor do peixe manaura é o preparo do peixe fresco com sal, limão e cheiro-verde, além do tucupi, moloho de cor amarelada, feito do sumo da mandioca. Para acompanhar, farinha do Uarani ou "farinha d'agua", feita também de mandioca, e que por ser muito resistente deve ser ingerida sem mastigar, de preferência, misturada ao caldo do peixe.

Natureza e lazer 

Os visitantes podem se divertir em meio à natureza. O Lago Puraquequara, que desemboca no rio Amazonas atrais várias pessoas.

No Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, está  o Bosque da Ciência, que tem como atração a Casa da Ciência, o lago Amazônico e projetos de preservação do peixe-boi, ariranha e outros.

O  Museu de Ciências Naturais da Amazônia, com uma coleção de borboletas, insetos e peixes variados; o Zoológico do CIGS, para 300 animais de 73 espécies diferentes; e o Parque do Mindú, reserva ecológica com trilhas e centro de informações ambientais são áreas urbanas que merecem serem visitadas.

Também vale a pena conhecer o Horto Municipal, implantado em 1969. Ocupa uma área de aproximadamente 23 mil metros quadrados de relevo acidentado, com trilhas pavimentadas e mais de cem espécies vegetais entre orquídeas, bromélias, trepadeiras e samambaias.

No que diz respeito às praias, destaque para a Ponta Negra, com orla urbanizada e vida noturna movimentada, a 13 quilômetros do centro da cidade.

Mais distantes estão a Praia da Lua, com formato de lua crescente, areia branca e águas límpidas e mornas; e a Praia do Amarelinho, ponto de encontro que margeia o rio Negro, no bairro Educandos.

E para quem quer apreciar a natureza, pode alugar um carro e fazer uma viagem a cidade de Presidente Figueiredo, a 100 quilômetros de Manaus. A cidade é conhecida como a 'Terra das Cachoeiras" .Possui também muitas grutas que valem a pena serem visitadas.

Clima: Equatorial, quente e úmido. São duas épocas distintas, chuvosa - novembro a maio - e seca, ou menos chuvosa - junho a outubro.

Bairro de Adrianópolis em ManausBairro de Adrianópolis em Manaus

Vilas construídas por operários que trabalhavam no centro da cidade em uma área extremamente verde e arborizada, pelo conjunto de sítios e chácaras, o bairro registra o retrato paisagístico do Adrianópolis no passado quando era chamado de Vila Municipal. Tendo sua origem relacionada às pequenas vilas agrícolas, dai a denominação de Vila Municipal, é conhecido até hoje pelas pessoas ao fazerem referências ao bairro.

Área nobre da cidade de Manaus, o Adrianópolis surgiu no início do século passado, tendo como habitantes a classe média alta da época.

Com uma superfície de 246.00 hectares, sua área urbana foi consolidada a partir do loteamento de suas terras. É possível voltar ao tempo das antigas chácaras, ao trafegar pela Recife, sua principal avenida de acesso, e observar as imensas castanheiras e árvores frutíferas plantadas em um terreno colado a antiga Indústria Beta.

Um cartão postal localizado bem no coração da cidade, enriquecido por monumentos históricos e prédios residências modernos.
Aeroporto Internacional Eduardo Gomes

Aeroporto Internacional Eduardo Gomes

O Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus, foi inaugurado no governo de Enoch da Silva Reis, em 26 de março de 1976. Localiza-se na Avenida Santos Dumont, no bairro do Tarumã, na zona Oeste de Manaus, distante quinze quilômetros do centro da cidade.


O projeto foi desenvolvido pela Hidroserviços-Engenharia de Projetos Ltda, com fiscalização da Copaim- Comissão Coordenadora do Projeto Inernacional de Manaus. Demorou cinco anos para ser construído. Cinco mil trabalhadores participaram de sua construção. Na época, era um dos mais modernos do País.

Nas suas dependências internas existem bancos, correios, restaurantes, lojas, etc. Os terminais de embarques e desembarques e o pátio de manobradas das aeronaves são vigiadas por circuito fechado de Tv. O acesso às aeronaves e destas à sala de desembarque dá-se através de uma ponte de embarque fixa ou móvel (sanfona). É a principal porta de entrada e saída de cargas e passageiros do Estado. Entre 2011 e 2013 passou por uma grande reforma para atender as exigências da FIFA, já que Manaus foi uma das sedes da COPA DO MUNDO de 2014.

www.megatimes.com.br
www.klimanaturali.org
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