História e Geografia do Estado de Mato Grosso

História e Geografia do Estado de Mato Grosso

História e Geografia do Estado de Mato Grosso

O estado de Mato Grosso é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está localizado na região Centro-Oeste. Tem a porção norte de seu território ocupada pela Amazônia Legal, sendo o sul do estado pertencente ao Centro-Sul do Brasil. Tem como limites: Amazonas, Pará (N); Tocantins, Goiás (L); Mato Grosso do Sul (S); Rondônia e Bolívia (O). Ocupa uma área de 903.366.192 km², equivalente a área da Venezuela e não muito menor do que a da vizinha Bolívia. Mato Grosso está organizado em 22 microrregiões e 5 mesorregiões, dividindo-se em 141 municípios. Cuiabá é, além de capital, o município mais populoso do estado.

As cidades mais populosas e importantes de Mato Grosso são Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Sinop, Tangará da Serra, Cáceres, Sorriso, Primavera do Leste, Barra do Garças, Alta Floresta, Campo Novo do Parecis, Pontes e Lacerda, Juína, Campo Verde, Lucas do Rio Verde e Barra do Bugres. Extensas planícies e amplos planaltos dominam a área, a maior parte (74%) se encontra abaixo dos seiscentos metros de altitude. Juruena, Teles Pires, Xingu, Araguaia, Paraguai, Rio Guaporé,Piqueri, São Lourenço, das Mortes e Cuiabá são os rios principais.

Limita-se ao norte com o Amazonas e o Pará, a leste com o Tocantins e o Goiás, ao sul com o Mato Grosso do Sul e a oeste com Rondônia e a Bolívia.

Também conhecido como Terra dos Índios Cavaleiros, está localizado na parte ocidental da Região Centro Oeste do País e ocupa área de 906.806,9 km2. Seu território é caracterizado pela predominância de planaltos, apresentando também chapadas e planícies inundáveis. Nele se encontra parte do Pantanal Matogrossense, extensa baixada na porção centro-ocidental do Estado. O clima é tropical semi-úmido e tropical de altitude, com chuvas de verão e inverno seco. A temperatura média na maior parte do Estado varia entre 23º e 26 ºC. O índice pluviométrico varia de 1.500 mm a 2.000 mm por ano.

A bacia hidrográfica ocupa toda a extensão do Estado e se encontra distribuída entre as Bacias Amazônica, com 615.020,1 km2 e do Tocantins, com 116.486,5 km2. Os rios Juruena, Teles Pires, Xingu, Araguaia, Paraguai, Piqueri, São Lourenço, o Rio das Mortes e o rio Cuiabá encontram-se entre os mais importantes do Estado.

A energia elétrica produzida no Estado é fornecida por usinas hidrelétricas e termelétricas, cuja capacidade total alcança 636 milhões de MW.

O Estado possui 90.000 km de rodovias, 8,8% dos quais estão pavimentados.

A população do Estado de Mato Grosso é de 3,26 habitantes, distribuídos entre 141 municípios, com densidade populacional de 3,57 hab./km².  A população na faixa etária de 0 a 14 anos representa 37,7%, entre 15 e 59 anos representa 57,9% e acima de 60 anos representa 4,4%. A maior parte da população, 78,23%, vive nas áreas urbanas.

Economia

As atividades econômicas do Estado de Mato Grosso baseiam-se na agricultura, pecuária e indústria extrativista — madeira, mineração e borracha. Entre os principais produtos agrícolas cultivados no Estado destacam-se a cana-de-açúcar, a soja, o milho e o arroz. O rebanho bovino, a criação de galináceos e os suínos. Existem jazidas significativas de calcário e ouro. Embora pequeno, o parque industrial do Estado envolve indústrias alimentícias e metalúrgicas. A indústria do turismo ecológico vem se desenvolvendo no Estado, aproveitando o potencial natural oferecido pelo Pantanal, Chapada dos Guimarães e as belíssimas praias do rio Araguaia, entre outros atrativos.

Mato Grosso

Formação Histórica

Os bandeirantes e aventureiros foram os primeiros colonizadores a chegar ao interior da América do Sul, e foram atraídos pelos fantásticos relatos sobre imensas riquezas existentes naquela região. O pioneiro da penetração na área foi o português Pedro Aleixo Garcia, que ali chegou em 1525. Pelo Tratado de Tordesilhas, a região pertencia à Espanha e jesuítas espanhóis começaram a fundar missões entre os rios Paraná e Paraguai desde o início do século XVII. A descoberta de ouro em grande quantidade a partir de então, passou a atrair maior número de desbravadores, o que acelerou o povoamento da área. Em 1748, Portugal expandiu seus domínios e criou a capitania de Mato Grosso, construindo vilas e fortes para protegê-la dos espanhóis, até que Espanha e Portugal definissem suas fronteiras, pelos Tratados de Madri (1750) e Santo Ildefonso (1777).

Com o declínio na produção de ouro, a partir do início do século XIX, a economia da região passou por um período de decadência. Em 1892, ocorreu no Estado um movimento separatista fracassado contra o Governo Federal do Presidente Floriano Peixoto. Em 1917, o Estado sofreu intervenção federal em função de sérias disputas ocorridas entre o norte e o sul. Na primeira metade do século XX, com a chegada de seringueiros, criadores de gado e exploradores de erva-mate à região, o crescimento econômico foi retomado. Em 1977, o Estado foi desmembrado, com a criação do Estado de Mato Grosso do Sul.

A denominação Mato Grosso tem origem em meados da década de 1730, e foi dada pelos exploradores que chegaram a uma região do atual Estado, onde as matas eram muito espessas. Embora a vegetação do Estado não seja cerrada e densa em toda a sua superfície, o nome foi mantido e se tornou oficial a partir da Carta Régia de 9 de maio de 1748.

CuiabáCuiabá

Capital do Estado de Mato Grosso desde 1823, o município de Cuiabá ocupa área de 12.790 km2, a uma altitude de 176 m. O clima é quente durante todo o ano, com temperaturas médias de 30º e precipitação anual de aproximadamente 1.400 mm.

A história do município tem início em 1718, quando dois bandeirantes de São Paulo, Pascoal Moreira Cabral e Miguel Sutil, encontraram ricas jazidas de ouro próximas aos rios Cuiabá e Coxipó. No ano seguinte, os agrupamentos de garimpeiros transformaram-se no Arraial de Cuiabá, sob a direção de Moreira Cabral. Em 1727, o povoado recebeu o status de "vila", tornando-se cidade em 1818.

A economia do município de Cuiabá baseia-se na agricultura, na pecuária, no comércio e no setor de serviços. Entre as principais lavouras cultivadas no município encontram-se a mandioca, a cana-de-açúcar, o milho, a soja, o feijão e a laranja.

Os principais pontos turísticos da cidade de Cuiabá incluem o Museu de Arte Sacra, situado na Igreja de Nossa Senhora do Bom Despacho, na Praça do Seminário; o Museu de Arte e Cultura Popular, vinculado à Universidade Federal de Mato Grosso; o Museu de História Natural e Antropologia; o Museu Histórico da Fundação Cultural de Mato Grosso; o Museu do Artesanato, situado na Casa do Artesão; o Museu Rondon, também conhecido como Museu do Índio, que possui vasta coleção de armas e instrumentos utilizados pelos indígenas da região; a Casa Artíndia, loja comercial administrada pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI), onde podem ser encontrados artigos artesanais diversos, feitos pelos indígenas; e a Capela de São Benedito, edificação em estilo colonial, datada de 1722.

Indígenas

No Estado de Mato Grosso concentra-se uma das maiores comunidades indígenas do País. Existem atualmente 16 mil índios vivendo no Estado, espalhados em 57 grupos, que vivem numa área de 17.342.409 hectares. Um total de 11.015.459 hectares dessa área já está demarcado pelo Governo Federal, onde vivem 38 comunidades. As 19 tribos restantes, encontram-se em áreas reservadas, mas ainda não definitivamente demarcadas pela FUNAI. São ao todo 39 os municípios onde existem comunidades indígenas no Estado de Mato Grosso.

Pantanal
Pantanal

Pantanal
O Parque Nacional do Pantanal Matogrossense ocupa área total de 10 mil hectares, localizada nos Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A área que se encontra no Estado de Mato Grosso abrange 140 hectares e está localizada no município de Poconé. Constitui reserva natural e vem sendo objeto de cuidadosa preservação por parte do Estado.

A região conhecida como Complexo do Pantanal é muito procurada por turistas de todas as partes do mundo, por apresentar grande diversidade de fauna e flora tropical, com espécies típicas de florestas, cerrado, campos e caatinga. Nela se encontra também grande variedade de animais selvagens, entre eles: felinos predadores, jacarés, crocodilos, cobras gigantes, capivaras, e muitas espécies de pássaros. No período das chuvas, a área fica quase totalmente inundada, fazendo crescer as gramíneas, que são utilizadas como pastagens no período seco.

Parque Nacional da Chapada dos Guimarães
Parque Nacional da Chapada dos Guimarães

Parque Nacional da Chapada dos Guimarães
A área foi descoberta por bandeirantes que exploravam a região em busca de ouro e pedras preciosas no século XVIII. Com 33.000 hectares de extensão, o parque encontra-se localizado a 64 km da cidade de Cuiabá, na direção nordeste. Nele podem ser encontrados 32 sítios arqueológicos diferentes, nos quais existem diversos tipos de rochas cobertas por inscrições muito antigas. Há ainda cerca de 200 cachoeiras diferentes, com águas que caem ao longo de paredões íngremes de rochas, chegando a alcançar mais de 50 metros de altura, e formações rochosas gigantes, moldadas pelo efeito das erosões ao longo do tempo. A maior cachoeira da região chama-se Véu da Noiva e apresenta queda deslumbrante de 86 metros de altura. Destacam-se, também, como importantes pontos turísticos do parque, a cachoeira de Salgadeira, cuja queda alcança 10 metros de altura ao longo de rochas de cor avermelhada e formatos originais; a Cachoeirinha; a queda das Andorinhas; e a Casa de Pedra, uma caverna de razoáveis proporções, incrustada no relevo rochoso do local.

Ao sul do Parque Nacional, encontra-se a cidade de Chapada dos Guimarães. Fundada como pequena aldeia no século XVIII, a cidade preserva hoje muitas edificações datadas daquela época, entre as quais se destaca a igreja de Nossa Senhora Santana, construída em 1779. Exatamente a 8 km da cidade, no alto de um terraço de onde pode ser descortinada linda paisagem da região, encontra-se o Ponto Geodésico da América do Sul, que marca o centro geográfico do continente.

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