Relevo Tabuliforme ou Relevo Tabular
Os Relevos Tabuliformes correspondem as áreas de relevo com feições semelhantes a mesas, que correspondem ao tipo mais simples de influência estrutural sobre as feições do relevo. Nestas formas, as camadas dispõem-se horizontal e suborizontalmente, apresentando-se de maneira alternada, no que se refere à resistência da litologia ao desgaste dos processos erosivos. Esses relevos são vinculados a camadas sedimentares horizontais ou sub-horizontais, associados ou não a derrames basálticos e correspondem às chapadas, chapadões e tabuleiros, mesetas em níveis altimétricos diferenciados. A sequência de eventos para a construção de relevos Tabuliformes é a seguinte, segundo Bigarella (1968) e Casseti (1994):
(a) Organização do sistema hidrográfico devido ao clima mais úmido associado a efeitos epirogenéticos. A orientação do sistema fluvial está associada à imposição do mergulho das camadas ou orientação topográfica ligada ao processo de pediplanação;
(b) Os esforços epirogenéticos e/ou tectônicos influenciam a drenagem a entalhar o talvegue, admitindo-se implicações morfológicas na elaboração dos vales pela possibilidade de alternâncias litológicas;
(c) A alternância de clima úmido para clima seco, implica na evolução (denudação) horizontal do modelado, ou seja, recuo paralelo das vertentes por desagregação mecânica: (a) no clima úmido a evolução é vertical; (b) no clima seco a evolução é horizontal.