Formas de Orientação Geográfica

Formas de Orientação Geográfica

Rosa dos Ventos

O ser humano sempre precisou de referências para se orientar no espaço geográfico: um rio, um morro, uma igreja, um edifício, à direita, à esquerda, acima, abaixo, etc. Mas para ter referências um pouco mais precisas inventou os pontos cardeais e colaterais, como mostra a figura abaixo.

A rosa dos ventos indica os pontos cardeais e colaterais e aparece no mostrador da bússola, que tem uma agulha sempre apontando para o norte magnético.

A bússola, associada à rosa dos ventos, permite encontrar rumos em mapas, desde que tanto o mapa quanto a bússola estejam com a direção norte apontada corretamente. Assim, o usuário pode encontrar os outros pontos cardeais e os colaterais, orientando-se no espaço geográfico.
Nos mapas, caso a direção norte não esteja indicada, convencionou-se que está no topo.

bússola

Com o avanço tecnológico, hoje em dia é muito mais preciso se orientar pelo GPS.

Além da orientação pelo Sol, como mostra o texto da página anterior, é possível orientar-se também pelas estrelas, como sugere a canção “Oriente”, de Gilberto Gil. À noite, no hemisfério meridional, é possível encontrar a direção sul aproximada observando a constelação do Cruzeiro do Sul (essa constelação está representada em bandeiras nacionais de diversos países meridionais, como o Brasil, a Austrália e Papua-Nova Guiné).

Você já percebeu que, quando uma pessoa está perdida em algum lugar, costuma-se dizer que ela está
desnorteada (perdeu o norte) ou desorientada2 (perdeu o oriente)? Perceba que tanto o verbo “orientar” como o substantivo “orientação” derivam da palavra “oriente”.

Forma de Orientação pelo Sol

Forma de Orientação pelo Sol

Um dos aspectos mais importantes para utilização eficaz e satisfatória de um mapa diz respeito ao sistema de orientação empregado por ele. O verbo orientar está relacionado com a busca do oriente, palavra de origem latina que significa ‘nascente’. Assim, o “nascer” do sol, nessa posição, relaciona-se à direção (ou sentido) leste, ou seja, ao oriente.

Possivelmente, o emprego dessa convenção está ligado a um dos mais antigos métodos de orientação conhecidos. Esse método se baseia em estendermos nossa mão direita [braço direito] na direção do nascer do sol, apontando, assim, para a direção leste ou oriental; o braço esquerdo esticado, consequentemente, se prolongará na direção oposta, oeste ou ocidental; e a nossa fronte estará voltada para o norte, na direção setentrional ou boreal. Finalmente, as costas indicarão a direção do sul, meridional, ou ainda, austral. A representação dos pontos cardeais se faz por leste (E ou L); oeste (W ou O); norte (N); e sul (S). A figura apresenta essa forma de orientação.

Deve-se tomar cuidado ao fazer uso dessa maneira de representação, já que, dependendo da posição latitudinal do observador, nem sempre o Sol estará exatamente na direção leste.

Orientação Pelo Cruzeiro do Sul

É possível encontrar a direção sul aproximada prolongando 4,5 vezes o tamanho do braço maior da constelação do cruzeiro do sul e, a partir deste ponto, traçando uma perpendicular em direção ao horizonte, como se pode ver na ilustração ao lado. mas isso só vale para o hemisfério meridional, onde o cruzeiro do sul pode ser observado. no hemisfério boreal, para encontrar a direção norte aproximada basta localizar a estrela Polaris (também chamada de Polar ou do norte) e projetá-la no horizonte: às costas do observador estará o sul, à direita, o leste, e à esquerda, o oeste. essa estrela encontra-se no firmamento num ponto sobre o polo norte, como se fosse uma extensão do eixo da terra, por isso aos nossos olhos permanece fixa no céu. a Polaris é a estrela mais brilhante da constelação de ursa menor e pode ser facilmente observada. Por séculos orientou os navegadores no hemisfério norte (ela só pode ser vista daí), antes da invenção de instrumentos que dispensam a observação do céu.

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