Bairro da Betânia | Manaus
Cortado pelo igarapé do Quarenta, o bairro da Betânia surgiu na década de 60, mais precisamente no período do regime militar. Nasceu a partir do loteamento feito pelo proprietário da área Antonio Soares Coimbra dividindo em quatro quadras conhecidas pelos mais antigos como Bom Futuro, São Jerônimo, Santa Rita e Quinor.
Centralizado entre os bairros Morro da Liberdade, São Lázaro, Crespo e Santa Luzia, na Zona Sul, possui uma área de 548.127,80 m2, abrigando aproximadamente uma média de 13 mil moradores.
No dia 30 de outubro de 1964, passa a se chamar de Nova Betânia, de acordo com o documento de registro em poder do Caico (Centro de Atendimento ao Idoso). De acordo com o documento, o bairro foi negociado em 1.200 lotes.
Consta que o primeiro lote foi comprado por Estevão Vidal Duarte. Dados da instituição mostram que a primeira rua a receber nome foi a São Jerônimo preservado até os dias atuais.
A principal avenida é a Adalberto Vale vivendo um cotidiano efervescido pelo comércio e todos os caminhos do bairro levam a grande feira coberta oferecendo a comunidade produtos de primeira necessidade.
O movimento na feira é constante encerrando suas atividades entre 19h e 20h, quando o último feirante fecha as portas para o dia seguinte iniciar tudo de novo. Betânia conta atualmente com quatorze ruas, cinco travessas que cortam o bairro e oito becos.
Quando a Manaus dos anos 50 fechava suas portas, no período do governo Plínio Coelho, surgia a ascensão do populismo e o aparecimento da figura de Álvaro Maia.
Áreas do que hoje representa a Zona Sul se determinava a crescer tendo como personagem principal, o homem do interior amazonense e o nordestino.
O primeiro acreditando que Manaus seria a solução para seus problemas e que seus filhos e filhas teriam acesso a boa educação, saúde e um futuro promissor, empregados nas poucas fábricas e empresas de pequeno porte que abriam vagas para o trabalho não qualificado.
O segundo, retirante da seca e outros exilados dos grandes seringais acreditavam que a cidade que chegou a ter em meados do século 19, cerca de 1 milhão de habitantes poderia servir não somente de dormitório, mas um porto de chegada, já que vinham fugidos das pestes e dos mosquitos no interior da Amazônia.
Foi neste cenário de aparentes oportunidades, que bairros como a comunidade da Betânia iniciava o desmatamento, pisando o chão para fincarem as estacas que viria se transformar no futuro, no bairro central da Zona Sul.
O bairro da Betânia começa na confluência do igarapé do Quarenta com o igarapé da Lagoa Verde, seguindo por este até o ponto frontal do beco São José, deste até a rua Vicente Reis com a rua Edgar Neves.
Seguindo pela Edgar Neves até a rua São Lázaro, desta até a rua Santa Etelvina, passando pelo beco de mesmo nome, indo até a rua São Vicente, retornando ao extremo do igarapé do Quarenta, até a Lagoa Verde.