Cruzeiro do Sul | Cidade do estado do Acre

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Cruzeiro do Sul é um município brasileiro localizado no interior do estado do Acre. É o segundo município mais populoso do estado, superado apenas pela capital, Rio Branco, da qual se distancia 632 quilômetros. É, ainda, um dos mais importantes polos turísticos e econômicos do Acre. Além disso, Cruzeiro do Sul é cercada de construções e monumentos que simbolizam e guardam a história do Acre.


O Cruzeiro do Sul conta com um relevo formado por uma série de colinas e uma vegetação predominantemente amazônica. A área do município é de 7 924,94 km². Localiza-se na região noroeste do estado de Acre, na margem esquerda do rio Juruá, a 648 km por via terrestre da capital do estado Rio Branco, pela rodovia BR-364 e 593 km em linha reta. Localizada na Mesorregião do Vale do Juruá, faz divisa com o estado do Amazonas (Norte); o município de Porto Walter (ao Sul); com Tarauacá (a Leste) e com os municípios de Mâncio Lima, Rodrigues Alves e com o Peru (a Oeste). O tipo de solo predominante é o podzólico, vermelho e amarelo, não possuindo terreno pedregoso.

Cruzeiro do Sul é banhada pelo Rio Juruá, de águas barrentas, navegáveis e piscosas que banha e divide o município de Cruzeiro do Sul em dois distritos. O nome Juruá é de origem indígena, é uma derivação do nome "Yurá", usado pelos indígenas que habitavam suas margens. O rio nasce no Peru e, com 2 410 quilômetros de extensão, é o 43º maior rio do mundo. Suas águas caudalosas e barrentas tem dois períodos distintos: no inverno, especialmente de dezembro a maio, é a época das enchentes, quando ele invade todas as terras baixas; e o período de verão, de junho a novembro, quando suas águas baixam de tal maneira que os barcos e balsas de maior porte não conseguem chegar a Cruzeiro do Sul. Suas margens, após as vazantes, são utilizadas pelos ribeirinhos ou "barranqueiros" para o plantio de produtos agrícolas como: feijão, milho, batata, melancia e outros.

Há uma grande quantidade de lagos espalhados pelo município, localizados, quase sempre, próximos ao Rio Juruá ou à seus afluentes. O aspecto e a largura que apresentam são semelhantes aos dos cursos d'água que passam nas proximidades. Medem, aproximadamente, 6 km de extensão e são, geralmente, piscosos.

O clima de Cruzeiro do Sul é equatorial (do tipo Af na classificação climática de Köppen-Geiger), quente e úmido, com temperatura média compensada anual em torno dos 25 °C e índice pluviométrico de aproximadamente 2 300 milímetros (mm) anuais. A umidade do ar é relativamente elevada, com índices acima de 80% durante todo o ano, o tempo médio de insolação é de aproximadamente 1 200 horas anuais. Entre maio e setembro torna-se mais comum o fenômeno da friagem, registrando temperaturas muito baixas (em torno de 15 °C) para os padrões regionais.

A população de Cruzeiro do Sul  em 2018 estava estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 85.510 habitantes, sendo o segundo município mais populoso do estado e o 33º da região Norte do Basil. Apresenta uma densidade populacional de 10,21 habitantes por km². Segundo o censo de 2000, 50,14% da população urbana são homens e 49,86% mulheres, e 72,17% da população vive na zona urbana e 27,83% vive na zona rural. Segundo o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, a população de Rio Branco equivale a 0,05% da população nacional. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, Cruzeiro do Sul em 2008 possuía 45.298 eleitores, o equivalente a 10,24% do número de eleitores estaduais, sendo o segundo maior colégio acriano.

O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de Cruzeiro do Sul é considerado médio pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), sendo seu valor de 0,668. Considerando apenas a educação o valor do índice é de 0,721, enquanto a média nacional é de 0,849, o índice da longevidade é de 0,685 (o brasileiro é 0,638) e o de renda é de 0,598 (o do Brasil é 0,723). Cruzeiro do Sul possui a maioria dos indicadores médios segundo o PNUD. O coeficiente de Gini, que mede a desigualdade social, é de 0,54, sendo que 1,00 é o pior número e 0,00 é o melhor. A incidência da pobreza, medida pelo IBGE, é de 40,17% e a incidência da pobreza subjetiva é de 51,20%.Cruzeiro do Sul apesar da relativa melhora em relação aos índices de 1991, ainda necessita de uma boa melhora nos seus índices para que alcance um patamar aceitável.

História de Cruzeiro do Sul
A cidade, cujo nome foi inspirado na Constelação "Cruzeiro do Sul", surgiu da implementação do decreto de 12 de setembro de 1904, quando o Coronel do Exército Brasileiro Gregório Taumaturgo de Azevedo instalou a sede provisória do município, em um local denominado "Invencível", na foz do Rio Moa. Teve sua fundação oficializada em 28 de Setembro de 1904, quando a sede do Departamento do Alto Juruá foi transferida para Cruzeiro do Sul. A área escolhida chamava-se "Centro Brasileiro" e foi adquirida do Sr. Antônio Marques de Menezes pelo governo da União. Era localizado à esquerda do barracão central da casa de farinha e de algumas barracas isoladas.


Em 17 de Novembro de 1903, o território do Acre, incorporado ao Brasil pelo Tratado de Petrópolis, foi dividido em três departamentos: Alto Juruá, Alto Purus e Alto Acre, todos independentes entre si e diretamente subordinados ao Governo da União. Cada um dos departamentos era administrado por um Intendente - cargo parecido com o de prefeito atual, só que nomeado pelo Presidente da República, até 1920.

No dia 28 de setembro de 1904, o Coronel Thaumaturgo, através do Decreto N° 4, autorizava a transferência da sede da Prefeitura para o Seringal Centro Brasileiro, à margem esquerda do Juruá, pois no antigo lugar faltava área suficiente para o desenvolvimento futuro da cidade, além do problema das inundações periódicas, resultantes das enchentes do rio. Na área do Centro Brasileiro, a geografia apresentava muitas colinas (terras livres de inundações), facilitando a implantação da futura cidade de Cruzeiro do Sul, atendendo, ainda, outras considerações de ordem administrativa e comercial. Não se sabe, exatamente, de quem foi a ideia de dar o nome à sede da prefeitura do Alto Juruá de Cruzeiro do Sul, mas a denominação é estabelecida no artigo 2° do Decreto e, com certeza, tem por inspiração a constelação do Cruzeiro do Sul.

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De acordo com dados do censo de 2010 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população de Cruzeiro do Sul é composta por: Católicos (76,19  %), evangélicos (20,38%), pessoas sem religião (2,41%), espíritas (0,17%), e 0,85% estão divididos entre outras religiões.

A cidade se desenvolveu sobre uma matriz social eminentemente católica, reflexo disso está associado a grande parte da sua composição religiosa, tanto que a festa mais popular da região está associada a ela, o "Novenário de Nossa Senhora da Glória". Apesar desse quadro, nos últimos anos houve também um forte crescimento da parcela evangélica da população.

Embora em menor número, chamam a atenção pela sua particularidade, a presença das chamadas "Religiões da Floresta", em especial a União do Vegetal(UDV) e o Santo Daime, praticas espiritualistas que têm em seus cultos, o uso ritualístico da "ayahuasca". Entre os indígenas da região também acontecem as práticas xamânicas com o uso da "ayahuasca".

A atual população de Cruzeiro do Sul, bem como da região do Juruá, é formada principalmente pelo elemento indígena, e pelos nordestinos que vieram à região em grande número no início do século XX para a extração da borracha. Também é forte na região a presença dos sírio-libaneses, que chegaram à região como comerciantes. Mas recentemente, a região também tem recebido imigrantes peruanos, haitianos e bolivianos.


Economia de Cruzeiro do Sul
O extrativismo da borracha foi, até o início do século XX, a principal atividade econômica desenvolvida no município. Além da borracha, a economia da região gira em torno da exploração da madeira. Atualmente, a farinha é o principal produto da atividade econômica municipal, sendo uma das melhores da região e muito apreciada no sul do país. Nos últimos anos as atividades econômicas do município estão voltadas para atividades extrativistas, de agronegócios que visam produzir e comercializar bens e serviços. Estas atividades econômicas são fundamentais para o desenvolvimento sustentável da região e do homem que a décadas tenta sobreviver nesta parte do remota do país e através delas as pessoas podem obter as coisas que precisam para a sua vida.

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