Área de Proteção Ambiental de Curiaú | Amapá
O nome do Rio Curiaú vem da união das palavras cria (de criar) e mú (de gado), formando a palavra Criamú, a qual evoluiu para Curiaú. A Área de Proteção Ambiental do Curiaú (APA), no estado do Amapá, foi criada pelo decreto estadual 024 no ano de 1990, com o objetivo de proteger e conservar os recursos naturais e ambientais do local.
A área demarcada fica cerca de 8 quilômetros distante de Macapá. A proximidade com a cidade preocupa os ambientalistas, já que o crescimento urbano estava começando a exercer pressão sobre o ecossistema local, além de influenciar o modo de vida das comunidades.
O Curiaú é habitado por comunidades formadas por antigos escravos trazidos no século XVIII para a construção da Fortaleza de São José de Macapá. Foram eles que fundaram a Vila do Curiaú, e as demais comunidades da região. A reserva ecológica tem uma área de 23 mil hectares, que abrangem florestas, campos de várzeas e cerrado. Na reserva vivem cerca de 1.500 pessoas pertencentes a quatro comunidades: Curiaú de Dentro, Curiaú de Fora, Casa Grande e Curralinho.
Com a criação da APA intensificou a participação governamental no local, através do desenvolvimento de ações voltadas para o ordenamento territorial da unidade e a gestão ambiental. Deste processo, o Curiaú se tornou uma grande potencialidade turística no Estado do Amapá. A estruturação proporcionou a prática de lazer e recreação para as populações locais e para visitantes.
A Vila do Curiaú é considerada um Sítio Histórico e Ecológico, cuja população é constituída de negros remanescentes de escravos que formaram um quilombo fugindo dos maus tratos a que eram submetidos durante a construção da Fortaleza de São José de Macapá.
A principal atividade econômica é a prática de agricultura de subsistência, e o extrativismo vegetal e animal.