Bairro do Alvorada em Manaus
O bairro do Alvorada, localizado na zona centro-oeste de Manaus, possui história marcada por conquistas. Por conta da construção das primeiras casas do bairro serem cobertas de palhas e cercadas por papelão e compensados foi chamada primeiramente de "Cidade das Palhas".
Atualmente o bairro de Alvorada é um dos maiores centros de compras da cidade comportando uma variedade de comércios no ramo da construção civil, drogarias, mercearias, confecções entre outros.
Com a tendência natural de crescimento, o bairro da Alvorada iniciou seu processo de expansão na direção oeste na década seguinte. Nesta época surgiram os novos desbravadores, nascendo os Alvoradas 2 e 3.
De acordo com registros da antiga Urbam, toda a área que abrange os Alvoradas, conjunto Ajuricaba, Campos Elíseos passou a se chamar, portanto, de Planalto.
Detalhe curioso é que nos arquivos da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, padroeira do bairro, há um outro registro afirmando que na segunda metade da década de 60, nasce o bairro da Promessa (promessa do governador da época em dar um pedaço de terra a quem não tinha. A promessa foi cumprida), onde se instalava a massa humana vinda das favelas flutuantes do bairro da Compensa.
A primeira leva atingiu o total de vinte famílias que, por falta de moradia, abrigavam-se à sombra de árvores aguardando a construção "a jato" do seu barracão. As casas foram construídas de quatro ou seis estacas, alguns paus cruzados, palha e, bem ou mal, protegidos do sol e da chuva, os moradores sentiam-se protegidos. Por possuir várias "casas" feitas de pau e palhas, passa a ser chamado de "Cidade das Palhas".
Alvorecer de um novo bairro
Os moradores mais antigos do bairro contam que o nome Alvorada foi dado pelo locutor de rádio J. Aquino (conhecido popularmente como Carrapeta) quando se referindo ao bairro como um novo alvorecer.
Os documentos em poder da paróquia local datam o início dos trabalhos pastorais da igreja em 19 de setembro de 1969 e, a primeira missa celebrada no dia 24 de maio de 1970, pelo padre inspetor Daniel Bissoli, data também da festa de Maria Auxiliadora, originando o nome da igreja, matriz do bairro.
Pelo sinal da divindade
As primeiras visitas ao bairro foram realizadas por uma equipe de irmãs da comunidade do centro educacional Santa Teresinha, levando a evangelização para o local, com a ajuda dos Salesianos. Nesse período embrionário da história do bairro em contato com a igreja, foi marcado por um acontecimento curioso.
Segundo registro, numa tarde de domingo, o padre inspetor estava celebrando a santa missa e o tempo começou a escurecer com o prenúncio de temporal. De repente, começa a chuviscar, e por acaso, um pingo d'água foi cair justamente NO cálice em que o sacerdote usa para o vinho.
A gota d'água, portanto, veio a se tornar o símbolo da presença de Cristo na vida daquelas pessoas que iniciavam o processo de desbravamento do bairro.
Neste período de crença, mais precisamente em 1970, o bairro do Alvorada já somava uma população de 3.082 habitantes, segundo o censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) da época.
Mesmo com todo o desenvolvimento, a comunidade da Alvorada ainda não tem muitos atrativos culturais e áreas de lazer diversificadas, apesar de possuir algumas quadras, atendendo somente a área desportiva. O bairro necessita de saneamento básico, já que não conta com rede de esgoto., como a maioria dos bairros de Manaus.
O maior entretenimento tem partido da própria comunidade em época de Carnaval, onde os moradores se organizam para colocarem na passarela do samba a escola Unidos do Alvorada comandada pelo mestre China. Neste período a comunidade organiza ensaios, arraial, sorteio de brindes e bingos.
Toda essa iniciativa para alegrar a comunidade e destacar o bairro entre as os melhores no quesito: Samba.
Áreas agregadas
Agregados a área dos Alvoradas I, II e III, estão também o conjunto Flores, condomínio Ouro Verde, conjunto Canaã, conjunto Ajuricaba e Nova Jerusalém e Dom Pedro e Campos Elíseos.
A divisão geográfica do bairro foi instituída pelo Decreto Municipal n.º 2924, de 1995, considerando os estudos técnicos realizados pelo Implan (Instituto Municipal de Planejamento e Informática).
