Afoxé | Folclore da Bahia

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Típico do folclore baiano desde 1922, o afoxé misturou seu traço religioso, com origem no candomblé, à maior festa profana cristã, o carnaval. No final do século XX, grupos de afoxé como Filhos de Gandhi e Badauê contribuíram para dar ao carnaval de Salvador a fama de um dos mais originais do país.

Afoxé | Folclore da Bahia
Afoxé é um rancho negro que sai pelas ruas de Salvador no carnaval. Antes, passa por um ritual de preparação, o padé de Exu, para impedir que o orixá interrompa os festejos de carnaval. O despacho é promovido pelos principais elementos do afoxé, que cantam e tocam o instrumental sagrado até que uma das filhas-de-santo incorpore um orixá. Em louvor aos santos, o mestre entoa o canto tristonho, ritualístico e monótono em língua nagô. As filhas-de-santo respondem em coro e segue-se a louvação ao rei e à rainha do afoxé. A babalotim, boneca nagô que representa Cosme e Damião, é reverenciada por todos e conduzida por um menino de oito a dez anos, que executa os passos da coreografia ritual.

Terminada a dança, encerra-se a primeira parte do afoxé e os participantes saem às ruas em cortejo, com a babalotim à frente do rei e da rainha. Acompanhados por atabaques, agogôs e cabaças, os cânticos de rua alegram o desfile.


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