Conjuração Baiana no Brasil Colonial

Conjuração Baiana no Brasil Colonial

Conjuração Baiana no Brasil Colonial
Desde a crise do açúcar no Nordeste e a transferência da capital para o Rio de Janeiro, um clima de insatisfação e hostilidade já reinava em Salvador. De fato, a região sofria sérios problemas socioeconômicos gerados pelo fim da produção de subsistência e pelos preços exorbitantes que os grandes comerciantes cobravam por alimentos básicos. Assim, a fome somava-se a uma série de outras queixas dos baianos contra a administração feita pela Metrópole.

Em razão dos altos preços cobrados, muitos armazéns e açougues eram constantemente saqueados, o que já abria espaço para um ambiente revolucionário. Além disso, a repercussão da Inconfidência Mineira e seus ideais iluministas e a experiência de outras ex-colônias, como o Haiti, também foram fatores decisivos para o surgimento de um movimento emancipacionista.

Conjuração Baiana no Brasil ColonialA partir de 1797, surgiu em Salvador um grupo formado por membros da elite que tinha por fim a difusão das ideias iluministas: uma sociedade  secreta intitulada “Cavaleiros da Luz”. Entretanto, este elitismo rapidamente foi desfeito quando o movimento foi ganhando membros de todas as classes sociais e se transformando em algo de caráter popular, realidade bastante diferente do que vemos na Inconfidência Mineira, articulada somente pela elite.

Sob o comando do médico Cipriano Barata, os revoltosos cobravam melhores condições de vida (melhorias salariais e menos impostos), além de lutarem pela liberdade dos escravos, liberdade intelectual e pela instalação de uma República na Bahia.

Aos poucos, por meio de denúncias e traições de membros do movimento, a Coroa foi descobrindo os líderes do mesmo. Quando Portugal foi capaz de sufocar a revolta, quarenta e nove pessoas estavam detidas. Dentre elas, nenhum membro da elite. Além de outros envolvidos que foram condenados ao exílio na África, coube aos soldados Lucas Dantas de Amorim e Luís Gonzaga das Virgens, e aos alfaiates Manuel Faustino dos Santos e João de Deus Nascimento as piores punições: foram condenados à forca e ao esquartejamento.

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