Januária, História e Geografia de Januária | Minas Gerais
População: 68.100
Área da unidade territorial (Km²): 6.661,653
Densidade demográfica (hab/Km²): 9,83
Gentílico: Januarense
História de Januária
Antes que a expansão paulista, na época do ouro, se conjugasse baiana e pernambucana, já os obscuros criadores de gado do leste superior e do nordeste, na sua marcha lenta mas incontida, plantavam currais no vale do São Francisco mineiro e de seus numerosos afluentes. O "rush" da mineração, quando vagas humanas de várias procedências convergiram para as Minas Gerais, apressou, incontestàvelmente, a ocupação do interior.
Longa é a lista das bandeiras e entradas que devassaram a região.
Fugindo à ação da justiça real, Borba Gato, após o atentado em que perdeu a vida o fidalgo espanhol D. Rodrigo de Castelo Branco, atinge, nas suas correrias pelos sertões, a região sãofranciscana. Algumas de suas pousadas transformam-se, com o tempo, em núcleos de futuras cidades. Em seguida ao descobrimento das terras de São Simão, o bandeirante chega, com os seus homens, ao atual Brejo do Amparo, fundando uma aldeia no sítio onde hoje se ergue a igreja de Nossa Senhora do Amparo.
Vencida a tenaz resistência dos índios Caiapós, o povoado, que mais tarde foi denominado São João das Missões, transferiu-se, com o correr dos anos, para a beira do São Francisco. Assim, aos poucos, surgiu Januária.
Reza a história que, do casamento da índia Catarina com um dos antigos expedicionários, teriam surgido as primeiras famílias da região.
Pretende-se que a denominação do Município tenha representado, na época, homenagem à princesa imperial D. Januária, à maneira do que se verificou com outras localidades mineiras: Mariana e Leopoldina. Entretanto, a tradição popular liga a origem do topônimo ao nome de uma preta velha residente à beira-rio e por todos respeitada. O fato é que, quando o local em que ela residia ainda se chamava Pôrto do Salgado e o Brejo do Amparo era a sede do Município, os negociantes encarregavam-na de cuidar das mercadorias negociadas. Era, então, corrente a expressão: "Vai à casa da Januária", daí, por simplificação, ter-se-ia originado a denominação atual.
A produção da cana-de-açúcar, cereais, algodão e mamona, bem como a existência do pôrto fluvial, determinaram, desde cedo, intensa atividade comercial na região, fator favorável ao desenvolvimento do Município.
A criação do distrito deve-se à Resolução Régia de 2 de janeiro de 1811. O Município foi criado, com sede na povoação de Brejo do Amparo, pela Resolução de 30 de junho de 1833. Segundo outra fonte, o referido Município, instituído em 20 dos mesmos mês e ano, teria por sede, entretanto, o povoado de Pôrto do Salgado.
Por longo tempo o Município teve sua sede constantemente mudada. Assim, a Lei provincial n° 54, de 9 de abril de 1836, localizou-a no povoado de Amparo do Brejo, que, consoante outros dados, teria a designação de Brejo do Salgado, ou ainda arraial de Nossa Senhora do Amparo do Brejo do Salgado, voltando, em face da Lei provincial n° 279, de 11 de abril de 1845, a situar-se em Pôrto do Salgado. Levada daí para Brejo do Amparo, em virtude da Lei provincial n° 472, de 31 de maio de 1850, retornou a Pôrto do Salgado, em razão da de n° 654, de 17 de junho de 1853.
Formação Administrativa de Januária
A Lei provincial n° 1 093, de 7 de outubro de 1860, concedeu foros de cidade à sede do Município, a qual, pelo disposto na Lei provincial n° 1 814, de 30 de setembro de 1871, novamente voltou a situar-se em Brejo do Amparo.
Todavia, o Município que, por efeito da Lei provincial n.° 3.194, de 13 de setembro de 1884, passou a chamar-se Januária, teve sua sede revertida a pôrto do Salgado, em cumprimento à de n° 3.297, de 27 de agôsto de 1885.
A Lei n° 2, de 14 de setembro de 1891, manteve o distrito de Januária.
Segundo a divisão administrativa do País, vigente a 1.° de janeiro de 1958, o Município é composto de 8 distritos: Januária, Brejo do Amparo, Cônego Marinho, Itacarambi, Levinópolis, Missões, Pedras de Maria da Cruz e Riacho da Cruz.
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