Janaúba, História e Geografia de Janaúba em Minas Gerais
População 2013: 67.810
Área da unidade territorial (Km²): 2.181,315
Densidade demográfica (hab/Km²): 30,63
Gentílico: Janaubense
Segundo a tradição, a geografia da região guarda nomes de povoados como ″Mucambo″ tipo de habitação introduzida pelos negros cujo agrupamento tornou também a denominação de ″Quilombo″.
Este povo fincou moradia nas proximidades do Vale do Gorutuba. Conta-se que neste rio existia muitos sapos conhecidos como Kuruatuba — sapo grande ou sapo Kururu, dando origem a denominação do rio e do povo que vivia — Gorutubanos.
O rio era garantia de sobrevivência daquela gente fornecendo-lhes traíras, curumatãns, piaus, pirambelas etc...
Os Gorutubanos viviam dos produtos da terra. Dedicavam-se principalmente ao plantio do algodão e de porcos.
O regime pastoril foi grande favor de civilização de expansão geográfica e de posse definitiva da terra.
Nas estradas por onde os bois varavam os sertões, as pousadas mediam-se pela distância das aguadas, geralmente um dia de viagem, variando conforme bebedouros espalhados ao longo dos caminhos das matas e serras.
Nas constantes andanças, as rancharias, os bebedouros, eram o ponto de encontro e descanso dos boiadeiros dando origem a povoados e pequenos comércios, Janaúba era um desses pontos. Ambos, contribuíram assim para lançar os alicerces de Janaúba. O tropeiro com sua tropa formada de burros e cavalos levava as gibóias (toucinho salgado enrolado em mantas) guardadas nos jacás de talas ou nas bruacas de couro. Levavam com algodão para vender em Januária, cidade localizada às margens do São Francisco, cerca de 32 léguas distantes de Janaúba. Faziam comércio com Riacho dos Machados e de lá traziam os gêneros de primeira necessidade.
Contam os mais velhos, que em 1872, vindo do Sul da Bahia, chegava ao local Francisco Barbosa com sua família, esposa e dois filhos. Fundou uma fazenda nas terras da ″Caatinga Velha″, perto da Gameleira construiu sua casa, surgindo desse fato o nome do nascente povoado. Por isso é considerado o primeiro habitante do lugar. Mais tarde chegaram Antônio Catulé, Américo Soares de Oliveira, Santos Mendes, Mozart Mendes que se estabeleceram nas imediações do recém povoado. Montaram fazenda e fizeram comércio.
Conta-se que o fazendeiro Santos Mendes fez a doação de terras necessárias à formação do povoado; terras localizadas no município de Brejo das Almas, hoje Francisco Sá.
O então prefeito do município de Brejo das Almas, Sr.Bawde, mandou que se traçasse uma praça com quatro inícios de arruamento, dando princípio de urbanização ao novo núcleo, que veio a chamar-se mais tarde ″Gameleira″.
O município escreve sua história. Rodaram os anos, o arraial recebia gente nova que ia se misturando com os Gorutubanos para formar os princípios de uma sociedade rural, afeita ao trabalho sem preconceitos desagregantes. Em 1922, antiga Gameleira deixou de pertencer ao município de Brejo das Almas hoje, Francisco Sá.
As notícias espalhadas trouxeram vários outros aventureiros. Antônio Casemiro Sobrinho era um deles, falecido em 1944, foi fundador de uma fazenda perto da Gameleira, que mais tarde serviram como escritório e armazém do acampamento de obras da estrada de ferro.
Em 1943 veio a estrada de ferro impulsionou a urbanização do povoado e a opulenta Gameleira foi derrubada, jogando por terra quem a criou, deu nome e vida ao povoado.
Em setembro de 1926, o Dr Francisco Sá, então ministro da viação e obras públicas, fazia correr o primeiro trem para Montes Claros. Começou a se cuidar então ao prolongamento já planejado da linha, para entrosá-la na Rede Leste Brasileiro, em Contendas na Bahia. Com este propósito constituiu-se a comissão de construção, a cargo do engenheiro Demóstemes Rockert e Oton de Souza.
Os trabalhadores estiveram parados até 11 de novembro de 1941, quando recomeçaram na direção de Gameleira para concluírem esta etapa em 1947, trecho que foi oficialmente inaugurado.
No largo da Estação surgiu um pequeno comércio e até mesmo a hospedaria, pomposamente denominado ″Hotel Central″ de propriedade do Sr Clementino, teria sido o primeiro estabelecimento da espécie em Gameleira. Não tardou muito, encheu-se de casas o espaço vazio entre o primitivo núcleo e a ferrovia
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o distrito de Janaúba, figura no município de Francisco Sá.
Elevado à categoria de município com a denominação de Janaúba, pela Lei nº 336, de 27-12-1948, desmembrado de Francisco Sá. Sede no atual distrito de Janaúba ex-povoado. Constituído do distrito sede. Instalado em 01-01-1949.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 31-XII-1968.
Pela Lei Estadual nº 6769, de 13-05-1976, foram criados os distritos de Barreiro da Raiz e Quem-Quem e anexados ao município de Janaúba.
Em divisão territorial datada de 1-I-1979, o município é constituído do distrito sede.
Pela Lei Estadual nº 8285, de 08-10-1982, foram criados os distritos de Barreiros do Rio Verde (ex-povoado) e Vila Nova dos Poções ex-povoado e anexado ao município de Janaúba.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1983, o município é constituído de 5 distritos: Janaúba, Barreiro da Raiz, Barreiro do Rio Verde, Quem-Quem e Vila Nova dos Poções.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1993.
Pela Lei Estadual nº 12030, de 21-12-1995, é extinto o distrito de Barreiro do Rio Verde, passando sua área a fazer parte do novo município de Verdelândia.
Em divisão territorial datada de 1995, o município é constituído de 4 distritos: Janaúba, Barreiro da Raiz, Quem-Quem e Vila Nova das Poções.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Fonte: www.megatimes.com.br
Área da unidade territorial (Km²): 2.181,315
Densidade demográfica (hab/Km²): 30,63
Gentílico: Janaubense
História de Janaúba
Janaúba é o resultado dos primeiros habitantes da região do Vale do Gorutuba constituíam-se de uma mistura de índios Tapuias; mescla de um povo Cafuso ou Caburé, e quilombos negros. Pode-se considerar que eram fugitivos das senzalas da antiga Vila de Nossa Senhora da Soledade de São José do Gorutuba, onde havia grande escravatura, e/ou dos engenhos situados na recém emancipada cidade de Pai-Pedro. No entanto isso é improvável, dada a proximidade daquele antigo Vilarejo.Segundo a tradição, a geografia da região guarda nomes de povoados como ″Mucambo″ tipo de habitação introduzida pelos negros cujo agrupamento tornou também a denominação de ″Quilombo″.
Este povo fincou moradia nas proximidades do Vale do Gorutuba. Conta-se que neste rio existia muitos sapos conhecidos como Kuruatuba — sapo grande ou sapo Kururu, dando origem a denominação do rio e do povo que vivia — Gorutubanos.
O rio era garantia de sobrevivência daquela gente fornecendo-lhes traíras, curumatãns, piaus, pirambelas etc...
Os Gorutubanos viviam dos produtos da terra. Dedicavam-se principalmente ao plantio do algodão e de porcos.
O regime pastoril foi grande favor de civilização de expansão geográfica e de posse definitiva da terra.
Nas estradas por onde os bois varavam os sertões, as pousadas mediam-se pela distância das aguadas, geralmente um dia de viagem, variando conforme bebedouros espalhados ao longo dos caminhos das matas e serras.
Nas constantes andanças, as rancharias, os bebedouros, eram o ponto de encontro e descanso dos boiadeiros dando origem a povoados e pequenos comércios, Janaúba era um desses pontos. Ambos, contribuíram assim para lançar os alicerces de Janaúba. O tropeiro com sua tropa formada de burros e cavalos levava as gibóias (toucinho salgado enrolado em mantas) guardadas nos jacás de talas ou nas bruacas de couro. Levavam com algodão para vender em Januária, cidade localizada às margens do São Francisco, cerca de 32 léguas distantes de Janaúba. Faziam comércio com Riacho dos Machados e de lá traziam os gêneros de primeira necessidade.
Contam os mais velhos, que em 1872, vindo do Sul da Bahia, chegava ao local Francisco Barbosa com sua família, esposa e dois filhos. Fundou uma fazenda nas terras da ″Caatinga Velha″, perto da Gameleira construiu sua casa, surgindo desse fato o nome do nascente povoado. Por isso é considerado o primeiro habitante do lugar. Mais tarde chegaram Antônio Catulé, Américo Soares de Oliveira, Santos Mendes, Mozart Mendes que se estabeleceram nas imediações do recém povoado. Montaram fazenda e fizeram comércio.
Conta-se que o fazendeiro Santos Mendes fez a doação de terras necessárias à formação do povoado; terras localizadas no município de Brejo das Almas, hoje Francisco Sá.
O então prefeito do município de Brejo das Almas, Sr.Bawde, mandou que se traçasse uma praça com quatro inícios de arruamento, dando princípio de urbanização ao novo núcleo, que veio a chamar-se mais tarde ″Gameleira″.
O município escreve sua história. Rodaram os anos, o arraial recebia gente nova que ia se misturando com os Gorutubanos para formar os princípios de uma sociedade rural, afeita ao trabalho sem preconceitos desagregantes. Em 1922, antiga Gameleira deixou de pertencer ao município de Brejo das Almas hoje, Francisco Sá.
As notícias espalhadas trouxeram vários outros aventureiros. Antônio Casemiro Sobrinho era um deles, falecido em 1944, foi fundador de uma fazenda perto da Gameleira, que mais tarde serviram como escritório e armazém do acampamento de obras da estrada de ferro.
Em 1943 veio a estrada de ferro impulsionou a urbanização do povoado e a opulenta Gameleira foi derrubada, jogando por terra quem a criou, deu nome e vida ao povoado.
Em setembro de 1926, o Dr Francisco Sá, então ministro da viação e obras públicas, fazia correr o primeiro trem para Montes Claros. Começou a se cuidar então ao prolongamento já planejado da linha, para entrosá-la na Rede Leste Brasileiro, em Contendas na Bahia. Com este propósito constituiu-se a comissão de construção, a cargo do engenheiro Demóstemes Rockert e Oton de Souza.
Os trabalhadores estiveram parados até 11 de novembro de 1941, quando recomeçaram na direção de Gameleira para concluírem esta etapa em 1947, trecho que foi oficialmente inaugurado.
No largo da Estação surgiu um pequeno comércio e até mesmo a hospedaria, pomposamente denominado ″Hotel Central″ de propriedade do Sr Clementino, teria sido o primeiro estabelecimento da espécie em Gameleira. Não tardou muito, encheu-se de casas o espaço vazio entre o primitivo núcleo e a ferrovia
Formação Administrativa de Janaúba
Distrito criado com a denominação de Janaúba, pela Lei Estadual nº 1058, de 31-12-1943, subordinado ao município de Francisco Sá.No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o distrito de Janaúba, figura no município de Francisco Sá.
Elevado à categoria de município com a denominação de Janaúba, pela Lei nº 336, de 27-12-1948, desmembrado de Francisco Sá. Sede no atual distrito de Janaúba ex-povoado. Constituído do distrito sede. Instalado em 01-01-1949.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 31-XII-1968.
Pela Lei Estadual nº 6769, de 13-05-1976, foram criados os distritos de Barreiro da Raiz e Quem-Quem e anexados ao município de Janaúba.
Em divisão territorial datada de 1-I-1979, o município é constituído do distrito sede.
Pela Lei Estadual nº 8285, de 08-10-1982, foram criados os distritos de Barreiros do Rio Verde (ex-povoado) e Vila Nova dos Poções ex-povoado e anexado ao município de Janaúba.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1983, o município é constituído de 5 distritos: Janaúba, Barreiro da Raiz, Barreiro do Rio Verde, Quem-Quem e Vila Nova dos Poções.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1993.
Pela Lei Estadual nº 12030, de 21-12-1995, é extinto o distrito de Barreiro do Rio Verde, passando sua área a fazer parte do novo município de Verdelândia.
Em divisão territorial datada de 1995, o município é constituído de 4 distritos: Janaúba, Barreiro da Raiz, Quem-Quem e Vila Nova das Poções.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Fonte: www.megatimes.com.br