Cerejeiras, Geografia e História de Cerejeiras | Rondônia
Cerejeiras, Cidade do Sul de Rondônia localizada a 830 quilômetros de Porto Velho, com cerca de 17.050 habitantes, comemora sua emancipação política no dia 05 de agosto. Possui uma área de 2 783,31 km².
Economia - a economia da cidade gira em torno da pecuária – gado de corte e leite, hortifrutigranjeiros, agricultura – plantio de soja, milho e arroz, comércio local e funcionalismo público.
Pioneiros Desenvolvimento começa com projeto de colonização
Segundo relatos dos moradores da cidade e historiadores, o desenvolvimento do município começou com o projeto integrado de Colonização Paulo Assis Ribeiro, inicialmente chamado de Colorado. Iniciou uma povoação no cruzamento da Linha Terceira Eixo com a Linha Três, onde antes existia a Fazenda Escondido. O núcleo urbano de apoio rural acabou recebendo o nome de Cerejeiras, devido à existência em abundância da árvore, conhecida como Cerejeiras. Como a população aumentou, o distrito de Cerejeiras foi elevado a município em 1983, com áreas desmembradas do município de Colorado do Oeste.Economia - a economia da cidade gira em torno da pecuária – gado de corte e leite, hortifrutigranjeiros, agricultura – plantio de soja, milho e arroz, comércio local e funcionalismo público.
“No Projeto Integrado de Colonização Paulo Assis Ribeiro, inicialmente chamado de Colorado, surgiu uma povoação no cruzamento da Linha Terceira Eixo com a Linha Três, onde antes existia a Fazenda Escondido.
O núcleo urbano de apoio rural que surgiu naquele lugar recebeu o nome de Cerejeiras, devido a existência em abundância da cerejeira, que é o nome vulgar de vários gêneros de árvores que vicejam nas regiões Norte e Nordeste, cuja madeira é utilizada na construção civil de luxo, carpintaria e construção naval.
O município foi criado na data de 05 de agosto de 1983, pelo decreto-lei nº 071, com área desmembrada do Município de Colorado do Oeste”.
Já a Wikipédia trás mais informações sobre os primórdios da colonização do Sul de Rondônia, que remontam ao final do século 19:
Os primeiros imigrantes chegaram a Cerejeiras em 1875. Todavia, sua história teve início no século XVIII, com o acampamento fundado às margens do rio Guaporé, pelo capitão Antônio Rolim de Moura, em 1750, em viagem de Vila Bela, então capital do Mato Grosso, à Conceição, onde hoje é o Forte Príncipe da Beira.
Este acampamento, posteriormente, foi ocupado por escravos, em sua maioria, fugidos de Vila Bela e passou a ser então um ponto de apoio à navegação do rio Guaporé. O vilarejo ficou estagnado à margem da civilização durante quase dois séculos.
Nesse espaço de tempo, o único fato notável ocorrido no lugarejo foi a colocação de um cruzeiro de bronze ilustrado com chumbo e com a transcrição de um versículo bíblico em alemão, datado de 3 de janeiro de 1907. Embora não existam registros, os moradores mais antigos dizem que essa cruz foi levada pela família de um alemão que, em viagem pelo rio Guaporé, ali faleceu vitimado pela febre amarela.
Registros posteriores indicam que o Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon mandou fazer explorações e levantamento dos rios localizados desde as proximidades da estação de Vilhena até o rio Guaporé, coletando informações científicas sobre borracha, zoologia, etnografia, mineralogia, geologia e águas termais. Todo material foi levado para o Rio de Janeiro (Jardim botânico e Museu Nacional).
Conforme relatórios de 1915 do executor da estratégica linha telegráfica Cuiabá - Santo Antônio do Rio Madeira. Em 1920, o então chefe do 27º distrito telegráfico, o Major Alecariense Fernandes da Costa, sugeriu uma construção de uma linha Ramal-Telegráfica, partindo da estação de Vilhena em direção ao Vale do Guaporé, interligando todos os lugarejos então conhecidos, dentre eles o lugarejo que deu origem ao município de Cerejeiras. Entretanto o ramal não saiu devido às dificuldades financeiras e porque também havia políticos interessados em levar ao descrédito o trabalho de Rondon.
Com o advento da Segunda Guerra Mundial veio a necessidade do extrativismo da borracha, abundante na região amazônica, inclusive na localidade que marca os primórdios de Cerejeiras. Foi a época da imigração nordestina para o local, os chamados soldados da borracha, que vinham para colaborar no esforço de guerra dos aliados.
Em 1943 foi construída uma pista de pouso para aviões Catalina que traziam e levavam os soldados da borracha nordestinos. Foi nesse ano que iniciou um processo de aumento da população com a instalação dessa leva de imigrantes. Com o fim da Segunda Guerra Mundial e o elevado custo da borracha brasileira, sua população foi-se exaurindo até sumir por completo.
Da mesma maneira, o lugarejo, ficou estagnado até o início do processo de ocupação do Estado, a partir da década de 60. Durante o processo de colonização de Estado, as terras fora do eixo da BR 364 foram as últimas a serem ocupadas, da mesma maneira como foi postergada na construção das linhas telegráficas.
Devido à existência de alguns aglomerados urbanos na região a as informações sobre a qualidade das terras, o INCRA, em 4 de outubro de 1973, criava o Projeto Integrado de Colonização Paulo Assis Ribeiro, implantado em 21 de agosto do ano seguinte na gleba Guaporé, onde se instalaram as primeiras famílias.
Uma precária estrada de penetração foi aberta seguindo a mesma direção proposta pelo Major Alecariense Costa, nas margens da qual, e no final, agricultores postaram-se abrindo clareiras e plantando nas terras férteis. No Referenciado Projeto Integrado de Colonização Paulo Assis Ribeiro, inicialmente chamado de colorado, surgiu uma povoação no cruzamento da linha terceira, eixo com a linha três, onde antes existia a Fazenda Escondido. Era o início do núcleo urbano que deu início a atual cidade de Cerejeiras.
O município foi criado no dia 5 de agosto de 1983, pelo Decreto Lei nº 071, assinado pelo Governador Jorge Teixeira de Oliveira, com área desmembrado do município de Colorado DOeste. Através da Lei nº 570, de 22 de junho de 1994, o município cedeu área territorial para criação do município de Alto Alegre dos Parecis. Através da Lei nº 645, de 27 de dezembro de 1995, o município voltou a ceder área territorial, desta vez para criação do município de Pimenteiras do Oeste.
Foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva a lei nº 12.264/2010, que transforma a Rodovia Estadual RO-399 (Extinta) a partir do entroncamento com a BR-364 até Pimenteiras do Oeste em Rodovia Federal (BR-435). Os 162 quilômetros da BR-435 tem seu trecho inicial no entroncamento com a BR-364 até o Município de Pimenteiras do Oeste.
A BR-435 passa pelos Municípios de Colorado do Oeste e Cerejeiras e termina na sede do Município de Pimenteiras do Oeste na márgem do Rio Guaporé, totalizando 162 quilômetros de extenção. A BR-435 está em sua totalidade no Estado de Rondônia, desse total só está pavimentado o trecho do entroncamento com a BR-364 até o entroncamento com a RO-370, que liga Cerejeiras a Corumbiara no Município de Cerejeiras.
Segundo a Superintendente Regional do DNIT, haverá trâmites burocráticos a serem superados antes que o DNIT possa programar investimentos em melhorias na BR-435. O DNIT esclareceu que a lei sancionada pelo presidente Lula vai beneficiar significativamente os moradores do Cone Sul do Estado de Rondônia, uma vez que, inserida no Plano Nacional de Viação – PNV, a BR-435 poderá receber investimentos federais tanto na área de manutenção e conservação como na sua adequação aos padrões rodoviários do DNIT.
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