Coca - História da Coca e da Cocaína
Coca é o nome dado a duas espécies de plantas da família das Eritroxiláceas e cuja característica peculiar é possuir o alcaloide cocaína. Várias investigações científicas lhe atribuem um valor nutricional que supera as 52 espécies vegetais mais utilizadas como alimento na América Latina. A ingestão de 100 gramas de folhas de coca supera a dieta diária de cálcio, ferro, fósforo, vitamina A, vitamina B2 e vitamina E recomendada pela OMS para uma pessoa.
A folha de coca é utilizada pelas civilizações indígenas da América do Sul há cerca de 5 mil anos. Seu centro de origem é a zona oriental dos Andes, abaixo dos 2 mil metros de altitude, que hoje faz parte do Peru e do Equador. Graças a relações culturais, políticas ou econômicas, seu uso se estendeu até o norte da Argentina e do Chile, ao sul, até a América Central, ao norte, incluindo a região amazônica.
O principal uso da coca pelas sociedades indígenas sul-americanas é a mastigação de suas folhas mescladas com um componente alcalino. na região andina, se mascam as folhas inteiras e tostadas, às quais se agrega, na boca, o cal, obtido de pedras que contêm cálcio ou de conchas marinhas. na Amazônia, se consomem as folhas tostadas e pulverizadas, mescladas com cinzas de folhas de embaúba e mapati. Essa prática é conhecida por diferentes nomes, como picchar ou acullicar na Bolívia, chacchar no Peru e mambear na Colômbia.
Para os índios, a coca é uma planta de origem sagrada, que foi e continua sendo um elemento de coesão social e de transmissão de conhecimento tradicional de geração em geração. Sua mastigação é uma prática masculina, geralmente não permitida a mulheres em idade fértil, e associada a um conjunto de normas relacionadas ao respeito e cuidado consigo mesmo, com as plantas, os animais, com a família e a comunidade.
A mastigação da folha de coca é realizada atualmente por aproximadamente 120 grupos indígenas em rituais cotidianos e, recentemente, políticos.
Sua importância ritual se deve ao fato de que, para os povos indígenas, o território é um sistema que depende da energia vital distribuída entre todos os seres de maneira equilibrada. Quando os seres humanos utilizam os recursos naturais ou afetam os locais sagrados de maneira descontrolada, desequilibram o fluxo normal dessa energia, acumulando-a em si mesmos e causando enfermidades, conflitos, acidentes ou até a morte. A coca permite aos xamãs, guardiões do equilíbrio energético do território, ne- gociar com os demais guardiões durante cada época do ano o aproveitamento dos recursos naturais através de danças, cantos, curas e rezas.
no cotidiano, o mambeo (preparação da coca) facilita a transmissão do conhecimento tradicional do mestre ao aprendiz, sua aplicação nos papéis tradicionais masculinos (caça, pesca, corte e queima) e o cumprimento das restrições alimentares indicadas pelos xamãs. no âmbito político, o mambeadero ganhou importância durante os últimos 15 anos na organização interna e para o estabelecimento de relações com os não-índios.
A coca na América Latina é um elemento vital para a sobrevivência e reprodução da diversidade cultural dos povos indígenas, para a transmissão e aplicação de seu conhecimento tradicional, para a conservação e manejo adequado dos recursos naturais.
Também sob a forma base, a merla (mela, mel ou melado) preparada de forma diferente do crack, também é fumada. Enquanto o crack ganhou popularidade em São Paulo, Brasília foi a cidade vítima da merla. De fato, pesquisa recente mostra que mais de 50% dos usuários de drogas da nossa Capital Federal fazem uso de merla e apenas 2% de crack.
Por apresentar um aspecto de "pedra" no caso do crack e "pasta" no caso da merla, não podendo ser transformado num pó fino, tanto o crack como a merla não podem ser aspirados como é o caso da cocaína pó ("farinha"), e por não serem solúveis em água também não podem ser injetados. Por outro lado, para passar do estado sólido ao de vapor quando aquecido, o crack necessita de uma temperatura relativamente baixa (95° C) o mesmo ocorrendo com a merla, ao passo que o "pó" necessita de 195° C, por esse motivo que o crack e a merla podem ser fumados e o "pó" não.
Há ainda a pasta de coca que é um produto grosseiro, obtido das primeiras fases de separação de cocaína das folhas da planta quando estas são tratadas com álcali, solvente orgânico como querosene ou gasolina e ácido sulfúrico. Esta pasta contém muitas impurezas tóxicas e é fumada em cigarros chamados "basukos".
Antes de se conhecer e de se isolar cocaína da planta, esta era muito usada sob forma de chá. Ainda hoje este chá é bastante comum em certos países como Peru e Bolívia, sendo que neste primeiro é permitido por lei, havendo até um órgão do Governo o "Instituto Peruano da Coca" que controla a qualidade das folhas vendidas no comércio. Este chá é até servido aos hóspedes nos hotéis. Acontece que sob a forma de chá, pouca cocaína é extraída das folhas; além do mais, ingere-se (toma-se pela boca) o tal chá, e pouca cocaína é absorvida pelos intestinos e ainda mais ela já começa a ser metabolizada pelo sangue e indo ao fígado é em boa medida destruída antes de chegar ao cérebro. Em outras palavras quando a p! lanta é ingerida sob a forma de chá, muito pouca cocaína chega ao cérebro.
Todo mundo comenta que vivemos hoje em dia uma epidemia de uso de cocaína, como se isto estivesse acontecendo pela primeira vez. Mesmo nos Estados Unidos onde sem dúvida houve uma explosão de uso nestes últimos anos, já houve fenômeno semelhante no passado. E no Brasil também há cerca de 60-70 anos utilizou-se aqui muita cocaína. Tanto que o jornal "O Estado de São Paulo" publicava esta notícia em 1914: "há hoje em nossa cidade muitos filhos de família cujo grande prazer é tomar cocaína e deixar-se arrastar até aos declives mais perigosos deste vício. Quando...atentam... é tarde demais para um recuo".
Cocaína
A cocaína é uma substância natural, extraída das folhas de uma planta que ocorre exclusivamente na América do Sul: a Erythroxylon coca, conhecida como coca ou epadú, este último nome dado pelos índios brasileiros. A cocaína pode chegar até o consumidor sob a forma de um sal, o cloridrato de cocaína, o "pó", "farinha", "neve" ou "branquinha" que é solúvel em água e, portanto, serve para ser aspirado ("cafungado") ou dissolvido em água para uso endovenoso ("pelos canos"); ou sob a forma de uma base, o crack que é pouco solúvel em água mas que se volatiliza quando aquecida e, portanto, é fumada em "cachimbos".Também sob a forma base, a merla (mela, mel ou melado) preparada de forma diferente do crack, também é fumada. Enquanto o crack ganhou popularidade em São Paulo, Brasília foi a cidade vítima da merla. De fato, pesquisa recente mostra que mais de 50% dos usuários de drogas da nossa Capital Federal fazem uso de merla e apenas 2% de crack.
Por apresentar um aspecto de "pedra" no caso do crack e "pasta" no caso da merla, não podendo ser transformado num pó fino, tanto o crack como a merla não podem ser aspirados como é o caso da cocaína pó ("farinha"), e por não serem solúveis em água também não podem ser injetados. Por outro lado, para passar do estado sólido ao de vapor quando aquecido, o crack necessita de uma temperatura relativamente baixa (95° C) o mesmo ocorrendo com a merla, ao passo que o "pó" necessita de 195° C, por esse motivo que o crack e a merla podem ser fumados e o "pó" não.
Há ainda a pasta de coca que é um produto grosseiro, obtido das primeiras fases de separação de cocaína das folhas da planta quando estas são tratadas com álcali, solvente orgânico como querosene ou gasolina e ácido sulfúrico. Esta pasta contém muitas impurezas tóxicas e é fumada em cigarros chamados "basukos".
Antes de se conhecer e de se isolar cocaína da planta, esta era muito usada sob forma de chá. Ainda hoje este chá é bastante comum em certos países como Peru e Bolívia, sendo que neste primeiro é permitido por lei, havendo até um órgão do Governo o "Instituto Peruano da Coca" que controla a qualidade das folhas vendidas no comércio. Este chá é até servido aos hóspedes nos hotéis. Acontece que sob a forma de chá, pouca cocaína é extraída das folhas; além do mais, ingere-se (toma-se pela boca) o tal chá, e pouca cocaína é absorvida pelos intestinos e ainda mais ela já começa a ser metabolizada pelo sangue e indo ao fígado é em boa medida destruída antes de chegar ao cérebro. Em outras palavras quando a p! lanta é ingerida sob a forma de chá, muito pouca cocaína chega ao cérebro.
Todo mundo comenta que vivemos hoje em dia uma epidemia de uso de cocaína, como se isto estivesse acontecendo pela primeira vez. Mesmo nos Estados Unidos onde sem dúvida houve uma explosão de uso nestes últimos anos, já houve fenômeno semelhante no passado. E no Brasil também há cerca de 60-70 anos utilizou-se aqui muita cocaína. Tanto que o jornal "O Estado de São Paulo" publicava esta notícia em 1914: "há hoje em nossa cidade muitos filhos de família cujo grande prazer é tomar cocaína e deixar-se arrastar até aos declives mais perigosos deste vício. Quando...atentam... é tarde demais para um recuo".