ECONOMIA DE TIMOR-LESTE

Economia de Timor-Leste

Timor-Leste, geralmente tido como um dos países mais pobres do mundo (o mais pobre é Serra Leoa), enfrenta uma série de problemas em sua tentativa de reconstruir sua economia após a devastação infligida sobre o país após a independência. Um decréscimo na ajuda internacional levou a uma contração do PIB durante o período de 2002 a 2004. Sob liderança internacional, muito do setor de agricultura timorense de razoável eficiência foi convertida de colheitas de subsistência para colheitas de renda em uma tentativa de criar uma economia orientada para a exportação. Essa opção tem falhado devido aos baixos preços do mercado internacional nas culturas escolhidas para a exportação como café, que enfrenta uma baixa de 20 anos. Por causa dessa política e sentindo a falta de suas antigas colheitas de subsistência, o Timor Leste começou 2005 com uma ausência crônica de alimentos. Algo em torno de 70% de sua população passa fome em diversos níveis e houve pelo menos 58 casos confirmados de morte por inanição.

Em paralelo a essa contração do PIB, os preços ao consumidor cresceram em 4 a 5% em 2003/4. Estima-se que 50% da população está desempregada.

Esperanças de um futuro melhor estão depositadas no desenvolvimento da exploração de reservas de petróleo no oceano que já rende ao governo mais de US$ 40 milhões anuais de renda, e o sucesso na exportação de produtos da agricultura. O PIB está previsto para crescer em 3% em 2005.

Petróleo

O Timor agora tem receita de reservas de petróleo e gás natural, mas pouco para desenvolver aldeias, que ainda dependem da agricultura de subsistência. Quase metade da população vive em extrema pobreza.30

O Fundo de Petróleo do Timor-Leste foi criado em 2005 e em 2011 tinha atingiu um valor de 8,7 bilhões de dólares. O país é marcado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) como a "economia mais dependente do petróleo no mundo". O Fundo de Petróleo paga por quase todo o orçamento anual do governo, que aumentou de 70 milhões de dólares em 2004 para 1,3 bilhão de dólares em 2011, com uma projeção de 1,8 bilhão de dólares para 2012.

A administração colonial Português concedeu para a Oceanic Exploration Corporation explorar depósitos de petróleo e gás natural nas águas ao sudeste de Timor. No entanto, isto foi reduzido pela invasão indonésia em 1976. Os recursos então foram divididos entre a Indonésia e a Austrália com o Tratado Timor de 1989.33 O país não herdou nenhuma das fronteiras marítimas permanentes quando alcançou a independência. Um acordo provisório (o Tratado do Mar de Timor, assinado quando Timor-Leste tornou-se independente em 20 de maio de 2002) definiu uma Área de Desenvolvimento Petrolífero Conjunto (ACDP) e concedeu 90% das receitas de projetos já existentes nessa área para Timor-Leste e 10% para o governo australiano.

Um acordo em 2005 entre os governos de Timor Leste e a Austrália determinou que ambos os países coloquem de lado a sua disputa sobre fronteiras marítimas e que o Timor receberia 50% das receitas provenientes da exploração dos recursos da região (estimada em cerca de 20 bilhões de dólares ao longo de toda a vida do projeto). Em 2013, o Timor-Leste lançou uma ação no Tribunal Permanente de Arbitragem de Haia, nos Países Baixos, para anular um tratado de gás que tinha assinado com a Austrália, acusando o Serviço Secreto de Inteligência Australiano (ASIS) de implantar uma escuta na sala do gabinete de Timor-Leste, em Díli, em 2004.
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