Campo Verde, História e Geografia de Campo Verde | Mato Grosso
População: 36.589
Área da unidade territorial (Km²): 4.782,116
Densidade demográfica (hab/Km²): 6,61
Gentílico: Campo-verdense
Campo Verde é um município brasileiro do estado de Mato Grosso. Localiza-se a uma latitude 15º32'48" sul e a uma longitude 55º10'08" oeste, estando a uma altitude de 736 metros. Sua população estimada em 2019 era de 36.589 habitantes. Possui uma área de 4811,71 km².
Histórico
Antes de ser criada a cidade de Campo Verde, o primeiro núcleo de povoamento no território campoverdense foi no Capim Branco ou Coronel Ponce. Generoso Paes Leme de Souza Ponce foi um político que governou o Estado no início do século XX. A denominação Capim Branco foi a primeira, sendo que até os dias de hoje, os mais antigos moradores se referem ao lugar por este nome.
Burity dos Borges é ponto histórico da região. Ali existe uma casa construída de ″adobes″, abrigando diversos cômodos. Não fica muito longe de Capim Branco, sendo o lugar onde os membros da família Borges Fernandes se fixaram.
Esta família, liderada por Diogo Borges, chegou à região na década de 1880, procedente de Uberaba, Minas Gerais - fugiam de perseguições políticas, causadas por ideias monarquistas e republicanas.
Do período pioneiro dos Borges Fernandes, destacam-se os nomes de Diogo Borges, Ilédio Pereira Borges, Ulisses Pereira Borges, Zeca Fernandes, Martim dos Santos, Avó Venância, Virgínia Camilo Fernandes, João Acendino da Costa, José Lisboa, D. Maria Leopoldina Moreno, José Antonio de Albuquerque e tantos outros.
Em 1926, passou pela região do Rio das Mortes, a Coluna Prestes. Os soldados, conhecidos como ″revoltosos″, vinham da zona meridional tentando alcançar território boliviano.
Em meados de 1966, a família Côcco fixou-se às margens da atual BR-70, iniciando nova fase no processo migratório, desta feita, a colonização sulista. A viagem de reconhecimento ao lugar foi feita por Pedro Côcco. Em seguida vieram outras famílias: David, Bomfilho, José Archanjo e depois, outras. Vinham do sul, da localidade de Pinhal Grande, no município de Júlio de Castilhos.
Quando chegaram, encontraram um goiano, o senhor ″Duca″, que tinha um pequeno armazém, um ″bolicho″. Com o tempo, o goiano foi embora, devido ao escasso lucro que o lugar oferecia.
Por muitas décadas a região viveu apenas da pecuária e da agricultura de subsistência, até que na década de 1970, com a chegada de migrantes vindos do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, Campo Verde deu os primeiros sinais de progresso. Primeiro foi o cultivo de arroz que impulsionou a economia local, depois a soja ocupou o cerrado e trouxe mais riquezas para o futuro município.
Em 1974, chegou à região o Sr. Otávio Eckert, gaúcho de Carazinho, que adquiriu terras e fundou a Fazenda Campo Real. No ano seguinte, abriu o Posto Paraná, às margens da BR-70, o primeiro grande estabelecimento comercial do lugar. Por muitos anos o povoado ficou conhecido pelo nome de Posto Paraná.
Em 1980, Júlio Pavlac criou o loteamento Jupiara; o empreendimento devido a alguns problemas não evoluiu. Anos mais tarde se transformaria no progressista bairro Jupiara. Mas foi ali que surgiu a primeira escola, ao lado de diversas casas. A escola feita de varas de cerrado e coberta com folhas de babaçu, atendendo inicialmente a quatro crianças - chamava-se PAVLAC - sendo professores o Sr. Geraldo Adão e D. Sebastiana Lotero. A primeira denominação do povoado foi Vista Alegre.
Eckert anteviu o surgimento de uma grande cidade neste lugar. Olhou para o lado e animou-se com o regular aumento populacional do bairro Jupiara. Surgiu então o Loteamento Campo Real. Não demorou muito e parte de suas terras estavam loteadas. A partir daí iniciou-se a venda de lotes urbanos a quem quisesse construir casas na futura Campo Verde. O processo colonizador fortaleceu-se com a instalação de rede de energia elétrica da Fazenda Olvebra até o Posto Paraná. Em seguida Eckert mandou furar um poço artesiano, construiu um posto telefônico e uma escola com três salas de aula.
Em 4 de julho de 1988, por Otávio Eckert, Campo Verde conquistou a tão sonhada emancipação político administrativa. O município é banhado pelos rios: São Lourenço, das Mortes, Aricá Mirim, Cumbica, Roncador, Ximbica, Galheiros e rio da Casca.
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Campo Verde, pela lei estadual nº 4898, de 02-10-1985, subordinado ao município de Dom Aquino.
Elevado à categoria de município com a denominação de Campo Verde, pela lei estadual nº 5314, de 04-07-1988, desmembrado dos municípios de Cuiabá e Dom Aquino. Sede no atual distrito de Campo Verde (ex-localidade). Constituído de 2 distritos: Campo Verde e Coronel Ponce, ambos desmembrados do município de Dom Aquino. Instalado em 01-01-1989.
Em divisão territorial datada de 1995, o município é constituído de 2 distritos: Campo Verde e Coronel Ponce.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2009.
Economia
O crescimento econômico de Campo Verde está acima da média nacional. Das 100 cidades com maior Valor Adicionado Bruto (VAB) da agropecuária em 2007, 22 são de Mato Grosso. Campo Verde aparece com a segunda melhor posição no ranking nacional, perdendo apenas para São Desidério, na Bahia.
Entre os 15 primeiros da lista, oito cidades são mato-grossenses e além de Campo Verde aparecem Sapezal (3º lugar), Sorriso (4º), Primavera do Leste (7º), Campo Novo do Parecis (8º), Diamantino (10º), Nova Mutum (12º) e Lucas do Rio Verde (15º). As cidades estaduais tiveram um VAB de R$ 5,8 bilhões naquele ano. A lista consta no estudo sobre o Produto Interno Bruto dos Municípios (2003 a 2007), divulgado no dia 16 de dezembro de 2009, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O VAB é a medida econômica para mensurar o Produto Interno Bruto (PIB). A participação das cidades mato-grossenses nesta lista mostra uma demonstração da força do agronegócio local, que vem proporcionando o desenvolvimento de várias regiões do Estado. Campo Verde cresce em ritmo acelerado, impulsionado pela atividade agropecuária e implantação de novas empresas.
O município mostra contornos cada vez maiores de desenvolvimento e modernidade, destacando-se entre as principais cidades do Mato Grosso. Sua qualidade de vida é compatível com as melhores cidades do país. Campo Verde é o maior produtor de algodão em pluma do Brasil e tem uma atividade rural diversificada. Além de algodão, são produzidos no município soja, milho, ovos, peixes, frangos, perus, suínos, bovinos, eucalipto e biodiesel a partir do caroço de algodão. Além dos assentamentos da agricultura familiar que produzem leite e quase 40% das hortaliças consumidas em Cuiabá, Várzea Grande e Rondonópolis, entre outros municípios menores, que somam mais de 2 milhões de pessoas.
A pecuária leiteira recebe incentivos do poder público municipal que visam melhorar a qualidade genética do rebanho aumentando com isso a produção diária de leite. Em Campo Verde existem todas as condições para novos investimentos, além dos incentivos da administração municipal, o empreendedor encontra aqui localização estratégica, energia elétrica em abundância, rodovias pavimentadas e bem conservadas como a BR 070, MT 344 e MT 140. Uma excelente estrutura de armazenamento garante tranqüilidade aos proprietários rurais na hora de estocar a produção agrícola.
Área da unidade territorial (Km²): 4.782,116
Densidade demográfica (hab/Km²): 6,61
Gentílico: Campo-verdense
Campo Verde é um município brasileiro do estado de Mato Grosso. Localiza-se a uma latitude 15º32'48" sul e a uma longitude 55º10'08" oeste, estando a uma altitude de 736 metros. Sua população estimada em 2019 era de 36.589 habitantes. Possui uma área de 4811,71 km².
Histórico
Antes de ser criada a cidade de Campo Verde, o primeiro núcleo de povoamento no território campoverdense foi no Capim Branco ou Coronel Ponce. Generoso Paes Leme de Souza Ponce foi um político que governou o Estado no início do século XX. A denominação Capim Branco foi a primeira, sendo que até os dias de hoje, os mais antigos moradores se referem ao lugar por este nome.
Burity dos Borges é ponto histórico da região. Ali existe uma casa construída de ″adobes″, abrigando diversos cômodos. Não fica muito longe de Capim Branco, sendo o lugar onde os membros da família Borges Fernandes se fixaram.
Esta família, liderada por Diogo Borges, chegou à região na década de 1880, procedente de Uberaba, Minas Gerais - fugiam de perseguições políticas, causadas por ideias monarquistas e republicanas.
Do período pioneiro dos Borges Fernandes, destacam-se os nomes de Diogo Borges, Ilédio Pereira Borges, Ulisses Pereira Borges, Zeca Fernandes, Martim dos Santos, Avó Venância, Virgínia Camilo Fernandes, João Acendino da Costa, José Lisboa, D. Maria Leopoldina Moreno, José Antonio de Albuquerque e tantos outros.
Em 1926, passou pela região do Rio das Mortes, a Coluna Prestes. Os soldados, conhecidos como ″revoltosos″, vinham da zona meridional tentando alcançar território boliviano.
Em meados de 1966, a família Côcco fixou-se às margens da atual BR-70, iniciando nova fase no processo migratório, desta feita, a colonização sulista. A viagem de reconhecimento ao lugar foi feita por Pedro Côcco. Em seguida vieram outras famílias: David, Bomfilho, José Archanjo e depois, outras. Vinham do sul, da localidade de Pinhal Grande, no município de Júlio de Castilhos.
Quando chegaram, encontraram um goiano, o senhor ″Duca″, que tinha um pequeno armazém, um ″bolicho″. Com o tempo, o goiano foi embora, devido ao escasso lucro que o lugar oferecia.
Por muitas décadas a região viveu apenas da pecuária e da agricultura de subsistência, até que na década de 1970, com a chegada de migrantes vindos do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, Campo Verde deu os primeiros sinais de progresso. Primeiro foi o cultivo de arroz que impulsionou a economia local, depois a soja ocupou o cerrado e trouxe mais riquezas para o futuro município.
Em 1974, chegou à região o Sr. Otávio Eckert, gaúcho de Carazinho, que adquiriu terras e fundou a Fazenda Campo Real. No ano seguinte, abriu o Posto Paraná, às margens da BR-70, o primeiro grande estabelecimento comercial do lugar. Por muitos anos o povoado ficou conhecido pelo nome de Posto Paraná.
Em 1980, Júlio Pavlac criou o loteamento Jupiara; o empreendimento devido a alguns problemas não evoluiu. Anos mais tarde se transformaria no progressista bairro Jupiara. Mas foi ali que surgiu a primeira escola, ao lado de diversas casas. A escola feita de varas de cerrado e coberta com folhas de babaçu, atendendo inicialmente a quatro crianças - chamava-se PAVLAC - sendo professores o Sr. Geraldo Adão e D. Sebastiana Lotero. A primeira denominação do povoado foi Vista Alegre.
Eckert anteviu o surgimento de uma grande cidade neste lugar. Olhou para o lado e animou-se com o regular aumento populacional do bairro Jupiara. Surgiu então o Loteamento Campo Real. Não demorou muito e parte de suas terras estavam loteadas. A partir daí iniciou-se a venda de lotes urbanos a quem quisesse construir casas na futura Campo Verde. O processo colonizador fortaleceu-se com a instalação de rede de energia elétrica da Fazenda Olvebra até o Posto Paraná. Em seguida Eckert mandou furar um poço artesiano, construiu um posto telefônico e uma escola com três salas de aula.
Em 4 de julho de 1988, por Otávio Eckert, Campo Verde conquistou a tão sonhada emancipação político administrativa. O município é banhado pelos rios: São Lourenço, das Mortes, Aricá Mirim, Cumbica, Roncador, Ximbica, Galheiros e rio da Casca.
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Campo Verde, pela lei estadual nº 4898, de 02-10-1985, subordinado ao município de Dom Aquino.
Elevado à categoria de município com a denominação de Campo Verde, pela lei estadual nº 5314, de 04-07-1988, desmembrado dos municípios de Cuiabá e Dom Aquino. Sede no atual distrito de Campo Verde (ex-localidade). Constituído de 2 distritos: Campo Verde e Coronel Ponce, ambos desmembrados do município de Dom Aquino. Instalado em 01-01-1989.
Em divisão territorial datada de 1995, o município é constituído de 2 distritos: Campo Verde e Coronel Ponce.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2009.
Economia
O crescimento econômico de Campo Verde está acima da média nacional. Das 100 cidades com maior Valor Adicionado Bruto (VAB) da agropecuária em 2007, 22 são de Mato Grosso. Campo Verde aparece com a segunda melhor posição no ranking nacional, perdendo apenas para São Desidério, na Bahia.
Entre os 15 primeiros da lista, oito cidades são mato-grossenses e além de Campo Verde aparecem Sapezal (3º lugar), Sorriso (4º), Primavera do Leste (7º), Campo Novo do Parecis (8º), Diamantino (10º), Nova Mutum (12º) e Lucas do Rio Verde (15º). As cidades estaduais tiveram um VAB de R$ 5,8 bilhões naquele ano. A lista consta no estudo sobre o Produto Interno Bruto dos Municípios (2003 a 2007), divulgado no dia 16 de dezembro de 2009, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O VAB é a medida econômica para mensurar o Produto Interno Bruto (PIB). A participação das cidades mato-grossenses nesta lista mostra uma demonstração da força do agronegócio local, que vem proporcionando o desenvolvimento de várias regiões do Estado. Campo Verde cresce em ritmo acelerado, impulsionado pela atividade agropecuária e implantação de novas empresas.
O município mostra contornos cada vez maiores de desenvolvimento e modernidade, destacando-se entre as principais cidades do Mato Grosso. Sua qualidade de vida é compatível com as melhores cidades do país. Campo Verde é o maior produtor de algodão em pluma do Brasil e tem uma atividade rural diversificada. Além de algodão, são produzidos no município soja, milho, ovos, peixes, frangos, perus, suínos, bovinos, eucalipto e biodiesel a partir do caroço de algodão. Além dos assentamentos da agricultura familiar que produzem leite e quase 40% das hortaliças consumidas em Cuiabá, Várzea Grande e Rondonópolis, entre outros municípios menores, que somam mais de 2 milhões de pessoas.
A pecuária leiteira recebe incentivos do poder público municipal que visam melhorar a qualidade genética do rebanho aumentando com isso a produção diária de leite. Em Campo Verde existem todas as condições para novos investimentos, além dos incentivos da administração municipal, o empreendedor encontra aqui localização estratégica, energia elétrica em abundância, rodovias pavimentadas e bem conservadas como a BR 070, MT 344 e MT 140. Uma excelente estrutura de armazenamento garante tranqüilidade aos proprietários rurais na hora de estocar a produção agrícola.