Domínio Morfoclimático das Caatingas

Domínio Morfoclimático das Caatingas

Domínio Morfoclimático das Caatingas

Situação Geográfica
Situado no nordeste brasileiro, o domínio morfoclimático das caatingas abrange em seu território a região dos polígonos das secas. Com uma extensão de aproximadamente 850.000 km2, este domínio inclui o Estado do Ceará e partes dos Estados da Bahia, de Sergipe, de Alagoas, de Per- nambuco, da Paraíba, do Rio Grande do Norte e do Piauí. Tendo como principais cidades: Crato, Petrolina, Juazeiro e Juazeiro do Norte.

Características do Povoamento
Sendo uma das áreas junto ao domínio morfoclimático dos mares de morros, de colonização pelos europeus (portugueses e holandeses), sua história de povoamento já é bastante antiga. A caatinga foi sempre um palco de lutas de independência, seja ela escravista ou nacionalista. A região tornou-se alvo de bandidos e fugitivos contrários ao Reinado Portu- guês e posteriormente ao Império Brasileiro. Como o domínio das caatingas localiza-se numa área de clima seco, logo chamou a atenção dos mesmos para refugiarem-se e construírem suas “fortalezas”, chamados de cangacei- ros. Com isso o processo de povoamento, instaurados nos anos 40 e 50, centrou-se mais em áreas próximas ao litoral, mas o governo federal inves- tiu em infra-estrutura na construção de barragens, açudes e canais fluviais, surgindo assim o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS). Entretanto, o clima “desértico” da caatinga, prejudicou muito a ocupação populacional nesta região, sendo que a caatinga continua sendo uma área preocupante no território brasileiro em vista do seus problemas sociais, que são imensos. Valendo destacar que com todos esses obstácu- los sociais e naturais da caatinga, seus habitantes partem para migração em regiões como a Amazônia e o sudeste brasileiro, chamada de migra- ções de transumância (saída na seca e volta na chuva).

Características Bio-Hidro-Climáticas e Fisiográficas
Com o seu clima semi-árido, o solo só poderia ter características seme- lhantes. Sendo raso e pedregoso, o solo da caatinga sofre muito intempe- rismo físico nos latossolos e pouca erosão nos litólicos e há influência de sais em solo, como: solonetz, solodizados, planossolos, solódicos e soon- chacks. Segundo Ab ́Saber, a textura dos solos da caatinga passa de argilosa para textura média, outra característica é a diversidade de solos e ambientes, como o sertão e o agreste. Mesmo tendo aspectos de um solo pobre, a caatinga nos engana, pois necessita apenas de irrigação para florescer e desenvolver a cultura implantada. Tendo pouca rede de drena- gem, os mínimos rios existentes são em sua maioria sazonais ao período das chuvas, que ocorrem num curto intervalo durante o ano. Porém existe  um “oásis” no sertão nordestino, o Rio São Francisco, vindo da região central do Brasil, irriga grandes áreas da caatinga, transformando suas margens num solo muito fértil – semelhante o que ocorre com as áreas marginais ao Rio Nilo, no Egito. Neste sentido, comprova-se que a irrigação na caatinga pode e deve ser feita com garantia de bons resultados. Outro fato que chama a atenção, é a vegetação sertaneja, pois ela sobrevive em épocas de extrema estiagem e em razão disso sua casca é dura e seca, conservando a umidade em seu interior. Assim, a região é caracterizada por uma vegetação herbácea tortuosa, tendo como espécies: as cactáceas, o madacaru, o xique-xique, etc.

Condições Ambientais e Economicamente Sustentáveis
Devido o homem não intervir de significativa maneira em seu habitat, o ambiente natural da caatinga encontra-se pouco devastado. Sua região poderia ser ocupada mais a nível agrícola, em virtude do seu solo possuir boas condições de manejo, só necessitando de irrigação artificial. Assim, considerando os fatos apresentados, a caatinga teria condições de desen- volver-se economicamente com a agricultura, que seria de suma importân- cia para acabar com a miséria existente. Mas sem esquecer de utilizar os recursos naturais com equilíbrio, sendo feito de modo organizado e pré- estabelecido à não causar desastres e consequências ambientais futuros.

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