Mar da Arábia
O mar da Arábia se estende ao longo de quase três mil quilômetros, do
cabo Hafun, no chamado chifre da África, até o cabo Comorim, no extremo
sul da Índia. Banha as costas meridionais da península arábica, o Irã e o
Paquistão, além do Malabar (costa oeste da Índia). Do lado oeste, o
golfo de Aden, pelo estreito de Bab al-Mandeb, liga o mar da Arábia ao
mar Vermelho; a norte, o golfo de Omã, pelo estreito de Ormuz, o liga ao
golfo Pérsico. Suas águas têm temperatura e salinidade elevadas. A
profundidade média é superior a 2.700m, ultrapassando 4.800m a leste da
ilha de Socotra.
A zona noroeste do oceano Índico constitui o mar da Arábia, cujas águas, utilizadas para navegação pelos marinheiros persas e árabes desde o século VIII, converteram-se mais tarde na via natural de penetração dos comerciantes europeus na Ásia.
O mar da Arábia possui poucas ilhas; as mais importantes são as de Socotra, no chifre da África, e os arquipélagos coralinos das Maldivas e das Laquedivas, na costa de Malabar. O Indo é o principal rio que desemboca em suas águas.
Ao longo da história, as monções (ventos periódicos típicos dessa região) a cujo regime está submetido esse mar foram aproveitadas para navegação. A monção de verão, que sopra de sudoeste para nordeste, era utilizada pelos marinheiros europeus para chegarem à Índia; a monção de inverno, que sopra de nordeste para sudoeste, facilitava a navegação de retorno.
No fim do século XV o mar da Arábia começou a adquirir grande importância comercial quando os portugueses, em seu avanço para a Índia, descobriram a rota do cabo da Boa Esperança. Mais tarde, durante a segunda metade do século XIX, a colonização da África e a construção do canal de Suez deram novo impulso ao tráfego marítimo dessa zona.
O mar da Arábia tem grande número de portos, entre os quais destacam-se Bombaim (Índia), Karachi (Paquistão) e Aden (Iêmen).
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