Casas de Anjou na França

Casas de Anjou na França

Casas de Anjou na França
As três casas de Anjou, nome de origem gaulesa, tiveram em comum um destacado papel político e militar, bem como o controle do cobiçado condado de Anjou, na região do rio Loire. Alguns de seus titulares chegaram a ocupar o trono de Jerusalém e outros se entrelaçaram com importantes linhagens reais, como os Capetos ou os Valois, chegando por vezes a ostentar a coroa francesa.

Três importantes famílias, os Anjou, cujo principal bastião foi o condado do mesmo nome, destacaram-se na história da França, do século X ao XIV.

A primeira família surgiu no reinado dos Capetos, a partir de Ingelger, filho de Roberto o Forte, a quem foi entregue o governo do condado de Anjou. Seu filho Foulques I o Ruivo, primeiro duque de Anjou, ampliou seus domínios, expulsando os normandos. Morto em 942, teve como sucessores Foulques II o Bom; Godofredo I (Geoffroi) de Grisegonelle, que ajudou Hugo Capeto a empolgar a coroa da França; Foulques III o Negro, que em seu reinado de 53 anos (987 a 1040) expulsou os bretões, derrotou Eudes III, conde de Blois, e destacou-se como o mais poderoso representante da dinastia; e Godofredo II Martel, em cujo governo (1040-1060) foi consolidada a anexação do condado de Touraine. Como não deixasse filhos, seus dois sobrinhos, Godofredo III e Foulques IV, partilharam o poder mas não tardaram a entrar em conflito, sendo o primeiro derrotado em 1068.

Foulques V o Jovem, que sucedeu ao pai em 1109, destacou-se nas cruzadas, tornando-se rei de Jerusalém. Casou seu filho Godofredo o Belo, Plantageneta, com a princesa Matilde (Mafalda, Maílda), filha de Henrique I, com o que a família passou a ter também sob seu domínio a Normandia e a Inglaterra. O filho de Godofredo, Henrique, conde de Anjou e Maine e duque da Normandia, foi mais tarde Henrique II da Inglaterra. Já então o crescimento dos domínios desse ramo anglo-angevino, estendendo-se da Inglaterra aos Pireneus, passou a constituir uma ameaça à monarquia dos Capetos. O condado de Anjou foi reincorporado à coroa francesa pouco depois da vitória de Filipe II Augusto sobre João sem Terra. O chamado império anglo-angevino, um aglomerado de principados, teve três fases em meio século de existência: formação (1144-1154), expansão (1154-1180) e declínio (1180-1205).

Segunda família. O retorno ao domínio da França deu origem a novos favores à casa de Anjou. Em 1246, Luís IX entregou o condado-pariato de Anjou a seu irmão Carlos I, futuro rei de Nápoles e Sicília. Sucedeu-lhe seu filho Carlos II, e a este seu genro Carlos de Valois, cujo filho se tornou rei da França em 1328, como Filipe VI. As intrincadas alianças matrimoniais e a situação resultante da guerra dos cem anos puseram fim a essa dinastia.

Terceira família. Outro monarca francês, João II o Bom, deu o condado de Anjou, em 1351, a seu filho Luís I, descendente de Carlos de Valois. Embora o condado estivesse sujeito a constantes incursões dos ingleses, Luís I preocupava-se mais com a conquista de Nápoles, onde se tornaria rei, do que com a defesa de seu território. Assim também ocorreu com seu filho Luís II. No entanto, os ingleses jamais reconquistaram Anjou. Carlos V o Sábio, rei de França de 1364 a 1380, foi o último representante da linhagem dos Anjou-Valois.

www.megatimes.com.br
www.klimanaturali.org
Postagem Anterior Próxima Postagem