Arequipa
O nome Arequipa deriva do quíchua ari-quepay, "sim, que fiquem",
palavras com as quais, segundo a lenda, o imperador inca deu permissão a
seus soldados para fundarem uma colônia no local. Em 1540, conquistada
pelos espanhóis, Arequipa foi rebatizada com o nome de Nuestra Señora de
la Asunción del Valle Hermoso. Situada entre a serra e o mar, a cidade
cresceu rapidamente, convertendo-se na capital natural da região sul do
Peru. Entre 1836 e 1839, ao criar-se a confederação peruano-boliviana,
foi designada capital do Peru do Sul, uma das três repúblicas do efêmero
estado.
A "cidade branca", uma das mais pitorescas do Peru, é conhecida por suas resplandecentes edificações coloniais no alto vale do rio Chili, dominado pelo cone perfeito, às vezes ameaçador, do vulcão Misti.
Capital do departamento e província de mesmo nome, além de sede de arcebispado e centro universitário, está situada a 2.300m de altitude, num vale de clima árido, porém irrigado pelo rio Chili. Importante centro comercial, possui indústrias têxteis, alimentícias (laticínios e cerveja) e de couro.
Os prédios históricos de Arequipa foram edificados com materiais vulcânicos leves e brancos. São característicos da cidade prédios protegidos contra os freqüentes terremotos, e com fachadas trabalhadas artisticamente. Destacam-se o convento de Santa Catalina (1850), a catedral (século XVII, reconstruída), a igreja e claustro da Companhia de Jesus, o conjunto de capelas e grandes construções, além de diversas igrejas e residências de luxo, todas do século XVIII. É também de particular interesse o museu arqueológico da Universidade de San Agustín.