O Rio Amur Situado no nordeste asiático, nasce, no limite setentrional
da China, da junção dos rios Chilka e Argun e deságua na baía que leva
seu nome, situada no estreito da Tartária, que liga o mar de Okhotsk ao
do Japão, separando a ilha Sakalina do continente. Sua bacia ocupa uma
área de 1.855.000km2 e a vazão média na desembocadura é de 10.900m3 por
segundo. Seus principais afluentes são o Zeia e o Bureia, pela margem
esquerda, e o Sungari e o Ussuri (também na fronteira sino-russa), pela
direita.
Chamado de "rio do dragão negro" (Heilong Viong) pelos chineses e "rio negro" (Sejalin Ula) pelos manchus, o Amur, principal rio russo da vertente do Pacífico, serve de fronteira com a China em grande parte de sua extensão, de 2.824 km.
O Amur recebe água das chuvas e da neve derretida, combinando o regime dos rios siberianos com o regime monçonal, típico do Extremo Oriente. As chuvas de monção libertam o rio dos gelos no verão, de maio a outubro, tornando-o navegável desde a confluência, onde toma seu nome. O curso do rio é ocupado por importantes vales agrícolas. O tráfego fluvial transporta, a jusante, cereais, sal e produtos manufaturados; para montante, petróleo bruto e refinado, peixe e madeiras. Uma de suas principais riquezas é a pesca - em suas águas habitam mais de 25 espécies comerciais; outra é a energia elétrica, de desenvolvimento recente.
O povoamento russo no vale do Amur começou em 1644, com a chegada de um grupo de cossacos vindos de Iakutsk. Entre 1649 e 1651 Ierofei Khabarov explorou o curso fluvial. Em 1689 um tratado concedeu à China a soberania sobre as margens do Amur, mas em 1858, pelo tratado de Aigun, a Rússia ganhou todos os direitos sobre as terras situadas ao norte do Amur e a leste do Ussuri. Subsistem, até hoje, divergências entre a China e a Rússia para o aproveitamento econômico do rio.