Alexandria | Egito

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Alexandria foi fundada por Alexandre o Grande no ano 332 a.C., numa faixa de terra situada entre o mar Mediterrâneo e o lago Mariuts, a 208km a sudoeste do Cairo. Erigida sobre a antiga cidade faraônica de Rhakotis, existente desde 1500 a.C., Alexandria foi projetada pelo arquiteto Dinócrates de Rodes para ser o centro grego no Egito, base naval e ligação entre a Macedônia e o vale do rio Nilo.

A antiga capital do Egito, famosa na antiguidade por sua monumental biblioteca, seu farol e pelas atividades de seus filósofos e cientistas, é hoje o principal porto marítimo do país e centro de uma importante região agrícola e industrial.

O apogeu da cidade deu-se na época dos Ptolomeus. Em 280 a.C., Ptolomeu II mandou erguer o primeiro farol da história, com 120m de altura, destruído por um terremoto no século XIV. Sob o governo dos Ptolomeus, a cidade tornou-se centro da cultura mundial. Ali viveram Eurípides, Apeles, Teócrito e Aristarco, num tempo em que a biblioteca de Alexandria chegou a reunir mais de meio milhão de papiros e seu museu era frequentado por sábios e poetas do mundo grego.

Durante a guerra de Alexandria, em 48 a.C., Júlio César e seus quatro mil legionários infligiram importantes perdas à cidade, inclusive a da biblioteca, que seria reconstruída por Marco Antônio. Sob domínio romano, Alexandria tornou-se a segunda cidade do império. Seu esplendor durou até o século III, quando a cidade começou a sofrer uma série de ataques. A biblioteca foi novamente incendiada em fins do século IV.

A chegada dos árabes, no século VII, provocou novo retrocesso. Os palácios e jardins foram progressivamente destruídos e o comércio declinou. A conquista do país pelos turcos, em 1517, precipitou o fim da cidade. A invasão napoleônica assinalou um renascimento para Alexandria, iniciado em 1798. A ocupação inglesa em 1882, no entanto, teve como resultado nova destruição da cidade. A reconstrução deu um aspecto moderno a Alexandria, que serviu como principal base naval dos aliados no Mediterrâneo nas duas guerras mundiais, e foi bombardeada pelos alemães no segundo conflito.

Características socioeconômicas. Alexandria é o maior porto egípcio e um dos maiores do continente africano. Mais de oitenta por cento das exportações e importações egípcias se fazem por esse porto. Sua atividade comercial é fundamental para o país.

Os habitantes de Alexandria, em sua maior parte, trabalham no setor terciário, principalmente nos serviços ligados ao porto. As companhias de transporte, as indústrias e as atividades pesqueiras também são importantes. A cidade se liga ao interior do país por vias férreas, rodovias e linhas aéreas. Duas importantes estradas levam de Alexandria ao Cairo, uma por meio do deserto e a outra na região do delta do Nilo.

A capital do Egito foi transferida para o Cairo em 643, mas Alexandria manteve as características de grande centro comercial, principalmente em função das comunicações marítimas. Importantíssima do ponto de vista histórico-cultural, Alexandria conserva ainda inúmeros prédios e monumentos que dão testemunho de seu passado. No centro da cidade moderna, o Museu Greco-Romano guarda uma magnífica coleção de antiguidades. A Alexandria da atualidade conta ainda com uma biblioteca municipal com setenta mil volumes em árabe e línguas europeias. O setor norte da cidade é manifestamente oriental, com construções de inspiração muçulmana.

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